Com problema constante de abastecimento, morador do Limeira compra caixa d’água de 10 mil litros
Ele diz que problema vem de anos e é constante no bairro
Ele diz que problema vem de anos e é constante no bairro
Farto da falta de água constante na sua casa, Jair Rodrigues, 44 anos, adquiriu uma caixa d’água de 10 mil litros para instalar nos fundos de sua residência, que fica na rua Rotary Club, no Limeira.
O pedreiro comprou a caixa d’água usada e levou até sua casa em uma carretinha reboque acoplada ao seu Uno. Ele conta que o que o motivou a tomar esta atitude foi porque “ele não acredita mais no Samae”.
“O que me levou a comprar a caixa foi a tremenda falta d’água que a gente enfrenta, não só aqui no nosso bairro, mas Paquetá, Águas Claras, Poço Fundo, Zantão, nem se fala. Está todo mundo sofrendo com isso. A Samae está deixando a desejar. Ano passado foi ruim, este ano também, e pensei, como vai ser ano que vem? Aí eu tive que comprar essa caixa d’água”.
Rodrigues mora com a família, cinco moradores, em uma casa no fim da rua, e eles sofrem com a falta de água já há algum tempo. “Está saindo um monte de loteamento, e o Samae não está conseguindo lidar”.
Ele conta que já chegou em casa sem água para coisas básicas, como tomar banho, usar o banheiro ou lavar a roupa.
“A gente fica preocupado, ao longo do tempo. Está assim desde que quando começou esse loteamento, há uns dez anos, que tem essa falta d’água. Teve época que a gente passava dois dias sem água. Tinha que colocar galão na chuva para encher de água, para usar no banheiro, para lavar roupa, ferver para lavar louça, porque não tinha na rede e a gente ficava esperando”, lembra.
Seu plano inicial era adquirir uma caixa d’água menor, mas a oportunidade surgiu e ele acabou escolhendo a de 10 mil litros. No total, Rodrigues vai gastar cerca de R$ 2 mil pela compra e instalação do equipamento.
“Ele chegou em um preço que eu conseguir pagar, meio apertadinho, mas consegui. Agora preciso trabalhar para ganhar um troquinho para instalar ela”.
Enfrentando esse problema há anos, Rodrigues afirma que não acredita mais nas explicações dadas pelas autoridades e conta que os vizinhos também estão indignados com a situação.
“Nossa preocupação é grande a gente não espera mais que vai melhorar. Quando falta água, a gente liga lá (no Samae) e eles dizem ‘estamos vendo o que está acontecendo’ ou ‘vamos averiguar a situação’, mas eles nunca resolvem. A gente não quer que eles façam milagres, só que eles achem uma solução”.
De acordo com o diretor-presidente do Samae, Dejair Machado, uma estação de tratamento de água (ETA) já está instalada no Limeira, e os processos estão em fase de acabamento para começar a funcionar, o que deve acontecer até o início de julho.
“O reservatório de concreto de 500 mil litros também já está pronto, falta só interligar. Estamos fazendo algumas alterações, aumentando o diâmetro da rede. Vamos ter um abastecimento melhorado lá”.
Machado diz que o abastecimento deve melhorar em 100%, já que a atual ETA distribui 80 metros cúbicos de água por hora, e a nova, nos mesmo modos, terá a mesma capacidade.