Com problemas em sua receita, Brusque tem déficit de R$ 398 mil em abril
Diretoria trata reduções salariais como último recurso, e a princípio descarta possibilidade
Diretoria trata reduções salariais como último recurso, e a princípio descarta possibilidade
O Brusque fecha abril com um déficit de R$ 398 mil no mês, com uma série de fatores gerados pela pandemia do coronavírus (Covid-19). Teria sido em R$ 598 mil sem os R$ 200 mil recebidos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em ação da entidade para auxiliar clubes das séries inferiores do Campeonato Brasileiro e as equipes de futebol feminino.
Contribuem para a perda o não recebimento de algumas verbas, como a última parcela (R$ 91 mil) dos direitos de transmissão do Campeonato Catarinense.
Há também a renegociação de patrocinadores, e a falta de recursos provenientes da Associação dos Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina (SCClubes), que se referem à exibição das placas de publicidade no Augusto Bauer durante as partidas do estadual.
Mesmo se o futebol catarinense tivesse voltado, o Brusque já amargaria o prejuízo de R$ 200 mil por não poder contar com público no Augusto Bauer nas partidas diante de Brasil de Pelotas e Joinville, pela Copa do Brasil e pelo Catarinense, respectivamente.
O diretor-financeiro do clube, Rogério Lana, afirma que está sendo feita uma reavaliação do orçamento. Renegociações e cortes nos salários estão sendo tratados como o último recurso, e ainda não foram cogitados.
“Por enquanto vamos manter o que tínhamos acordado com os atletas. Caso tenhamos necessidade, por prorrogações feitas pelo governo, aí sim talvez conversemos para tomarmos atitudes diferentes.”
Um dos patrocinadores do Brusque, que Lana preferiu não identificar, cancelou o contrato, encerrando o acordo com o clube. O valor mensal recebido em dinheiro era semelhante ao de outros parceiros.
O Brusque, assim como outros clubes, pediu 60 dias a mais para poder divulgar o balanço financeiro de 2019. “Existe a prerrogativa de que como houve prorrogação de todos os dados relacionados à parte fiscal. Foi um pedido feito com base na questão jurídica. O balanço depende de dados contábeis, e alguns foram mais difíceis de obter em função da pandemia, pelo funcionamento reduzido na contabilidade”, explica Lana.