Com recepção emocionante, menina que fez tratamento contra o câncer na Espanha volta às aulas em Brusque
Helena Bottós foi recebida com muito afeto pelos amigos, colegas e professores do Colégio Cônsul Carlos Renaux
Após quase dois anos na Espanha em tratamento contra o câncer, a brusquense Helena Bottós, de 6 anos, retornou a Brusque na noite de terça-feira, 6. Ansiosa para ver os amiguinhos e retornar os estudos no Colégio Cônsul Carlos Renaux, a menina voltou às aulas nesta quinta, 8.
De surpresa, amigos, professores e colegas da Helena prepararam uma recepção emocionante: eles seguravam uma flor e cantavam uma música autoral feita para a menina.
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De acordo com a mãe, a médica oftalmologista Juliana Bottós, a menina não esperava a recepção calorosa no primeiro dia. “O professor e a turminha fizeram a música para ela, que ficou tocando. É uma canção muito bonita, muito importante, que ela adorava. Tanto que durante o transplante de células tronco dela, eu colocava essa música para ela ouvir”, relata.
“Foi um grande dia, inesquecível e com muita emoção. Estou desidratada de tanto que chorei”, relata. “Mais do que o tratamento e os efeitos colaterais, ela sentia saudade dos amigos”, completa.
Em julho de 2019, Helena foi diagnosticada com neuroblastoma grau 4 e já sofria com diversas metástases pelo corpo. Para salvar a menina, a família mudou-se para a Espanha para tentar um tratamento de referência. Ao longo deste tempo, a criança tem na história uma forte batalha contra o câncer.
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De volta a cidade natal, Helena continua os estudos no nível dois da educação infantil. Neste ano, ela será formada e em 2021 vai para o Primeiro Ano.
Tratamento continua
Na Espanha, durante os dois anos de tratamento, as aulas de Helena foram dentro do hospital. A menina relata ter saudade da escola e a família conta sobre o carinho enorme que tem pelo colégio. Foram mensagens, recadinhos e cartinhas dos amiguinhos.
Antes de voltar ao Brasil, em março deste ano, Helena começou um estudo clínico dos Estados Unidos, em conjunto com médicos na Espanha. Juliana explica que este ensaio é feito durante dois anos com objetivo de impedir o retorno do câncer.
De acordo com Juliana, as chances do neuroblastoma voltar é de 40% a 60%. Já esse estudo científico reduz essa chance para 15%. Agora no Brasil, Helena tem apoio de uma equipe de médicos para cuidados, além de auxílio de médicos estadunidenses. “Temos que ir a cada três meses para lá”, explica.
A médica detalha que esse tratamento é aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), agência que regula fármacos e alimentos nos Estados Unidos, e está em fases finais de pesquisas. Dentre as 600 crianças que fazem parte do estudo, a Helena é a primeira brasileira.
*Colaborou Thiago Facchini
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