Com relíquia vinda da França, comunidade do Jardim Azaleia se mobiliza para construção de igreja
Eles são os primeiros no Brasil a terem como padroeiros o casal santo e já receberam relíquia de primeiro grau
Eles são os primeiros no Brasil a terem como padroeiros o casal santo e já receberam relíquia de primeiro grau
Fiéis do Jardim Azaleia, localidade do bairro Santa Terezinha, começaram em dezembro do ano passado a construção da igreja para a Comunidade São Luís e Santa Zélia, que pertence à Paróquia Santa Teresinha. Atualmente, eles realizam as missas na casa de Ademilson e sua esposa Leonirana Bottamelli, que foram os doadores do terreno onde está sendo realizada a construção da capela.
Um grande incentivo para a comunidade seguir se mobilizando para a ter sua capela foi o recebimento da doação de uma relíquia de primeiro grau com um pedaço de tecido humano de São Luís e Santa Zélia, que foram canonizados em 2015 e são os pais de Santa Teresinha.
As primeiras reuniões da comunidade começaram em 2018, ano em que Ademilson e Leonirana oficializaram a doação do terreno. “Quem puxou a nossa igreja e incentivou foi o padre Henrique, que hoje é o pároco do Azambuja”, conta Cristiane Dussolo Boing, secretária do Conselho de Pastoral da Comunidade (CPC) e coordenadora da Cataquese da Comunidade.
A partir da doação do terreno, a comunidade passou a arrecadar recursos para o projeto, através de eventos, festas e doações. Através desse esforço, eles conseguiram reunir dinheiro para deixar o fundamento pronto.
Por ser uma grande obra e a comunidade não ter uma grande fonte de renda, ainda não há previsão de finalização das obras. “É um projeto para muitos anos (sem previsão de encerramento), é bastante grande e caro. Estamos indo por partes Sabemos que, às vezes, as igrejas demoram 20, 30 anos para ficarem prontas, mas hoje trabalhamos para conseguir levantar ela o mais rápido possível”.
Padroeiros da comunidade, São Luís e Santa Zélia foram o primeiro casal canonizado em uma mesma cerimônia na história da Igreja Católica. “Tem muita gente que ainda não conhece a trajetória deles”, conta Cristiane.
Os brusquenses passaram a pesquisar se havia alguma outra comunidade no Brasil que tinha São Luís e Santa Zélia como padroeiros ou se existiam outros santos com o mesmo nome pelo mundo. “No Brasil, a informação que temos é de que somos os primeiros a ter eles como padroeiros”.
A comunidade, então, conseguiu contactar, em São Paulo, o senhor Ítalo Fasanella, fundador da Sagrada Família, que estava empenhado no trabalho de São Luís e Santa Zélia. “Ele se prontificou a tentar conseguir uma relíquia para a gente. Foi para a França encontrar o padre Thierry Hénaut, que é parente vivo e reitor do Santuário de Luís e Zélia em Alençon, que prometeu enviar para a gente essa relíquia”. Eles são naturais de Bordeaux, cidade do sudoeste francês.
Normalmente, é necessário entrar com um pedido formal, que pode demorar anos para ser atendido. Mas, até por ser a primeira comunidade que homenageia São Luís e Santa Zélia, a relíquia já foi enviada para Brusque e hoje está na Paróquia Santa Teresinha. A relíquia foi concedida para nossa comunidade pelo reitor do Santuário de Lisieux, o padre Olivier Ruffray.
Na parte da frente da relíquia, além do pedaço de tecido corporal dos santos, está uma réplica de um relógio feito por Luís, que era relojoeiro, para Teresinha em sua primeira comunhão. No verso, está a réplica de uma medalha que Luís deu a Zélia no dia do casamento deles, com as imagens do casal bíblico Tobias e Sara.
“Agora os pais santos estão muito perto da filha santa. É uma emoção poder estar tão perto desta grandeza, a relíquia. Ao senhor Ítalo, apenas gratidão”, diz Monica Assini Martins, integrante da comunidade que mais se envolveu na busca pela relíquia trazida para Brusque.
– Assista agora:
Saiba como transformar sua sala sem reformas