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Com retorno de atividades presenciais, estudantes pedem ajuda da prefeitura para transporte

Sem ônibus, acadêmicos enfrentam dificuldades para participarem dos estágios dos períodos finais dos cursos de Saúde

Alguns cursos da área da saúde da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) já retornaram com os estágios presenciais, como Odontologia, Medicina, Enfermagem e Farmácia.

Por isso, estudantes de Brusque que utilizavam o transporte universitário para estudar na cidade vizinha, estão enfrentando dificuldades, pois o transporte coletivo ainda está suspenso pelo decreto do governo do estado que visa conter o avanço da Covid-19 em Santa Catarina.

Os estudantes dos cursos da área da Saúde retornaram no dia 18 de maio para os estágios dos períodos finais . O acadêmico do 9º período de Odontologia, João Guilherme Zdruikoski, destaca que só nas duas turmas de Odontologia que retornaram têm 10 alunos que são de Brusque.

Sem ônibus, eles precisam ir por conta própria, de segunda a sexta-feira, para participar das atividades, que têm presença obrigatória. De acordo com o estudante, quem não pode retornar, a solução é trancar a matrícula e voltar no próximo semestre.

Alguns estudantes procuraram a coordenadoria do transporte universitário de Brusque para solicitar auxílio enquanto os ônibus não retornam, porém, as ligações não foram atendidas. O estudante afirma ainda que tentou contato com a Secretaria de Educação para se informar sobre o assunto, porém, não recebeu uma resposta satisfatória.

“Nós usamos um sistema de passes para usar os ônibus do transporte universitário, assim como na rodoviária. A prefeitura poderia repassar o valor de dois passes diários – ida e volta – para os acadêmicos que já retornaram ao presencial”.

Ele lembra que não há curso de Odontologia em Brusque e necessita do transporte para poder participar das atividades da graduação. “A prefeitura poderia, pelo menos, nos dar um auxílio financeiro para a gasolina, já que estamos tendo que ir para Itajaí todo dia por meio de transporte próprio”.

Em nota enviada por meio da Secretaria de Comunicação, a secretária de Educação, Eliani Buemo, informa que não há solicitação formal de ajuda de custeio referente ao assunto na Secretaria de Educação.

A secretária diz ainda que não existe ato normativo legal, seja no âmbito municipal ou estadual, que possibilite que o passe estudantil seja revertido em valor pecuniário, ou seja, que seja transferido dinheiro aos estudantes.