Com vagas na Área Azul cada vez mais difíceis, clientes buscam estacionamentos privados
Apesar da crise, estabelecimentos privados não sofrem com grande impacto financeiro
Com o número de vagas de estacionamento cada vez mais disputadas em Brusque e o cerco aos carros na Área Azul mais rigoroso, o mercado de estacionamentos privados no município está conseguindo passar a crise financeira sem sofrer tanto. Os estabelecimentos até registraram variação no número de clientes, porém, nada comparado a outros setores da economia da cidade.
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O diagnóstico feito por funcionários e proprietários de estacionamentos da cidade é de que a necessidade faz com que a clientela permaneça, ainda que com dificuldades. A maioria dos clientes dos rotativos no Centro é de pessoas que trabalham na região. Deixar de ir ao emprego não é uma opção, então, eles buscam maneiras de economizar.
Uma das principais forma de garantir um local e poupar é se tornar um mensalista, ou seja, fazer um plano para pagar todo mês para ter uma vaga fixa num estacionamento. Este nicho de mercado ainda é muito popular. O ajudante de estacionamento no Central Park, Nei Souza, diz que a quantidade clientes “ficou a mesma coisa”, apesar da crise.
De acordo com Souza, muitos clientes reclamam que não conseguem vagas na Área Azul – o estacionamento na rua. As regras impostas para a sua utilização ditam que a primeira meia hora estacionado é grátis, depois, é preciso adquirir um cartão que dá direito a mais uma hora.
Após esta uma hora e meia, é obrigatório sair do local e dar a vez a outro carro. O ajudante afirma que eles “preferem não se incomodar” e pagam pelo serviço.
A situação é parecida no Estacionamento Grespky, ao lado da farmácia Droga Raia. O local tem 30 vagas no total, sendo dez delas destinadas a mensalistas. O proprietário do negócio, Jocimar Grespky, afirma que o número tem se mantido o mesmo nos últimos meses.
Abaixo do normal
O dono do Estacionamento HM, André Mannrich, afirma que a modalidade de contratação como mensalista faz muito sucesso, mesmo em meio à crise financeira, porque os clientes não conseguem usar a Área Azul como queriam. Nesta semana, uma motorista o procurou porque havia sido multada por deixar o carro na rua por muito tempo.
Embora as pessoas estejam em situação econômica complicada, o HM tem até lista de espera. Mais de 30 clientes esperam abrir uma vaga para serem mensalistas. A procura é grande, mas já foi maior há algum tempo atrás, segundo Mannrich.
Janete Sestrem, atendente do estacionamento Auto-B, diz que o número de mensalistas caiu um pouco depois que a crise financeira atingiu as famílias brusquenses. Eram cerca de 30, hoje, está em 20. Ela afirma que o movimento permanece sendo, em sua maioria, de clientes do rotativo, por isso os mensalistas compõem a menor parte da clientela.