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Comandante da Polícia Militar de SC promete reforço do efetivo em Brusque e região

Encontro com representantes de entidades empresariais foi realizado na noite desta segunda-feira

O comandante da Polícia Militar (PM) de Santa Catarina, coronel Dionei Tonet, participou de reunião com representantes de entidades empresariais de Brusque. O encontro foi realizado nesta segunda-feira, 30, na chácara do empresário Beto Staack, na rodovia Antônio Heil. O principal assunto da pauta foi o aumento do efetivo policial em Brusque e região. Também foi reforçado o pleito para aumento da velocidade máxima permitida na rodovia Antônio Heil.

Fabrício Zen, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Brusque (CDL), uma das entidades proponentes da reunião, destacou que as entidades buscam tratamento igualitário e isonômico na distribuição de policiais por município,

Ele lembrou que, na última distribuição, de 500 policiais, Brusque recebeu apenas um, o mesmo que outros municípios menos defasados. Um exemplo citado é Santo Amaro da Imperatriz, que também recebeu um novo policial militar.

A diferença, no entanto, é o efetivo já existente. Enquanto Brusque tem um policial para cada 1,7 mil habitantes, Santo Amaro da Imperatriz possui um policial para cada 500 habitantes.

“Estamos muito aquém do número que nos buscamos, que é um policial para cada mil habitantes”, afirma Fabrício. Atualmente, Brusque tem 82 policiais nas ruas, e o número avaliado como ideal é ter pelo menos 140.

Também participaram do encontro o deputado estadual Coronel Mocellin, prefeitos da região, o presidente da Câmara de Brusque, vereador Alessandro Simas, entre outros empresários e representantes de entidades. 

Promessa de melhoria

O comandante geral da PM, no encontro, prometeu atender ao pleito de mais efetivo em Brusque, mas deixou claro que não será em curto prazo. Ele também fez elogios à união do município em torno do tema. 

“É sempre bom estar aqui em Brusque, encontro aqui um senso de comunidade, que faz com que toda a cidade consiga se organizar na busca de seus objetivos. Brusque tem razão no que diz, e estamos justamente trabalhando para melhorar as condições de trabalho do nosso efetivo e principalmente a presença na nossa região”, afirmou.

O coronel reconheceu que há desequilíbrio na distribuição de policiais, e se comprometeu a trabalhar para melhorar o cenário. Ele afirmou que está trabalhando para que seja lançado, em setembro, edital para contratação de 500 novos policiais, que devem iniciar em fevereiro do próximo ano.

“Esta é a proposta levada ao governador e acredito que será atendida”, informou.

“Brusque está abaixo do nível ideal, entraremos com efetivo na próxima distribuição no inicio do ano que vem. Não conseguirei [acabar com o déficit] numa única oportunidade, mas nos próximos cinco anos é para estabilizar a quantidade de policiais com cidades de população semelhante à de Brusque”, disse o comandante. 

Avaliações

Rita Conti, presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), avaliou que a parceria entre as entidades é decisiva para a cobrança de melhorias. “Por sermos um município com ótimos índices [de segurança pública], somos punidos, isso é um erro”, afirmou. 

O prefeito de Brusque, Ari Vequi, também discursou na mesma linha. “Não podemos ser penalizados por estar sendo feito um bom trabalho, não se pode esperar um trabalho ruim para depois colocar policiais, precisamos aumentar o número do efetivo, muitos já estão indo para a aposentadoria”, afirmou.

Valmir Zirke, prefeito de Guabiruba, também ressaltou a importância de um número maior de efetivo na cidade. “Guabiruba possui mais de 25 mil habitantes e possuímos 13 efetivos, enquanto a cidade de Santo Amaro do Imperatriz, possui 23 mil habitantes e conta com 45 efetivos na cidade. Conforme o relatório apresentado, Guabiruba está em 1º lugar na lista de menor efetivo por habitante no estado”, disse.

Para Marcelo Gevaerd, presidente do Sindilojas de Brusque, a reunião serviu para deixar claro o pedido por mais igualdade no tratamento dos municípios pela cúpula da segurança pública. 

“O coronel compreendeu, disse que tem alguns problemas a resolver, mas em um tempo médio esperamos que ele consiga fazer aquilo que nós queremos”, afirmou.