Comandante Geral da PM de Santa Catarina fala sobre efetivo policial em visita na Acibr
Coronel Marcelo Pontes esteve em Brusque nesta terça-feira
Nesta terça-feira, 12, o Comandante Geral da PM do Estado de Santa Catarina, coronel da Polícia Militar Marcelo Pontes, esteve presente na sede da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), no Centro Empresarial Social e Cultural de Brusque (Cescb).
A visita teve como objetivo estreitar os laços com as entidades da região. A reunião contou com a presença dos prefeitos Ari Vequi, de Brusque, e Valmir Zirke, de Guabiruba, além de autoridades empresariais e de segurança da região.
Durante a fala, o coronel destacou a importância das instituições para a segurança local. “No aspecto geral de segurança pública vivemos um bom momento em Santa Catarina”, conta, ao falar das competências e trabalhos da Polícia Militar e Polícia Civil.
“Ao comparar com os índices do Brasil, nós temos a melhor segurança pública do país. Esse bom momento se dá por conta dos investimentos estaduais”, pontua.
Além disso, comentou sobre ações aplicadas pela PM e destacou a falta de efetivo na área. Segundo ele, a designação de policiais aos municípios ocorre de forma técnica, que avalia o número de habitantes e de ocorrências. “Depois a gente faz o ajuste fino de outros fatores, que não aparecem na primeira avaliação. Como Brusque ter um time na série B e também ter uma população flutuante, com o turismo. Tentamos contemplar a todos, sabendo que não é o ideal e o necessário, mas que está havendo um esforço”, defende.
Outro foco é o combate ao crime organizado em grandes centros, pois podem se espalhar aos municípios menores. “Temos procurado usar a criatividade, expertise e tecnologia para compensar o número baixo de policiais”, continua.
O coronel salientou a autorização do governador Carlos Moisés para a inclusão de 500 soldados a 50 cadetes no estado. Agora, a PM trabalha para lançar o edital e o processo seletivo. A previsão é para que os policiais assumam o posto no final de 2023.
Contudo, apesar do alto número de policiais, o comandante ressalta que todos os 295 municípios do estado possuem demandas.
A presidente da Acibr, Rita Conti, destaca que a aproximação do coronel com as entidades de Brusque é muito importante. Ela também avalia que a decisão técnica que leva em conta o número de ocorrências não pode prejudicar o município. “O principal é que estamos de portas abertas, a polícia está sempre acolhida e servida. Não podemos ser punidos por sermos bons”, pontua.
Inciativas
Durante a reunião, foram discutidas formas de aumentar o efetivo. Foi levantado o exemplo de Porto União, que possui efetivo maior do que Brusque. As autoridades questionaram ao coronel a diferença no número de policiais no município.
“Porto União não é regra e não seria justo usar como parâmetro. Precisamos ter um olhar de comando estratégico para fazer a distribuição de efetivo. E isso nós fizemos”, responde.
Sobre iniciativas, o coronel comentou sobre o projeto de lei que estipulava a criação do militar temporário, que foi reprovado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Com o projeto, o policial ficaria na corporação por até 8 anos para suprir as carências no efetivo. Portanto, seriam criados até 8.446 vagas para policiais militares e 1.726 para bombeiros, entre praças e oficiais, com o objetivo de enfrentar a defasagem de efetivo. Os temporários atuariam apenas em áreas que não são ligadas às atividades finalísticas da PM e dos Bombeiros, principalmente a administrativa, atendimento interno ao público, atendimento telefônico, serviços de saúde, entre outras.
“Ele não segue na carreira e vai sempre renovando”, detalha. Apesar da não aprovação na Alesc, autoridades na reunião ficaram interessadas na ideia e demonstraram apoio às iniciativas para solucionar o problema de efetivo. O projeto deve voltar à discussão no próximo ano.
Outra ideia é a possibilidade do menor aprendiz ser incorporado na Polícia Militar para trabalhar na parte administrativa, o que possibilitaria ao efetivo trabalhar mais no ostensivo.
O prefeito de Brusque, Ari Vequi, completou que a população cobra por mais policiais na rua. Neste sentido, se colocou como parceiro para resolver a situação e auxiliar em projetos para este fim.