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Comando do Corpo de Bombeiros de Guabiruba muda em fevereiro

Sargento Carlos Henrique de Andrade se aposenta para dar lugar a Luciano Schlindwein

O sargento Carlos Henrique de Andrade, 54 anos, comandante do Corpo de Bombeiros de Guabiruba, se aposenta em fevereiro, após a sua promoção a sub-tenente, para dar lugar ao sargento Luciano Schlindwein. Ambos trabalharam juntos no município por oito anos, e por outros três em Brusque. O sargento Henrique, como é conhecido, comandava o quartel desde 2010.

Ao assumir o comando, o sargento Luciano acumulará as funções que já exerce desde 2013, na vistoria de edificações. “Até que encontremos alguém que venha assumir minhas funções, fica acumulado. A aposentadoria, merecida, deixa o efetivo com um a menos. Estive disposto a assumir, mesmo que no momento o acúmulo seja um ônus. Vamos manter o bom serviço, tentando melhorar”, avalia.

A principal demanda do Corpo de Bombeiros de Guabiruba é a mudança para um novo quartel, que seria construído na rua José Fischer, próximo ao clube Guabirubense. O terreno de 160 mil m² abrigaria diversas entidades, mas jamais saiu do papel.

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“O sargento Henrique entrou no comando, já havia a promessa de terreno e agora sai dele, e esta promessa permanece. Precisamos seguir tentando. O que impede no momento fatores que fogem à vontade exclusivamente da prefeitura. Tem a condição financeira do município, é necessário deixar o terreno em condições”, explica o futuro comandante.

O efetivo, como no resto de Santa Catarina, é uma demanda constante. Quando o sargento Henrique assumiu o comando, Guabiruba possuía 12 mil habitantes e 11 bombeiros militares. Hoje, são cerca de 23 mil e nove bombeiros militares. Equipados com duas ambulâncias e um caminhão, a equipe atende uma média de dez ocorrências por dia, e a principal demanda são os acidentes de trânsito.

“Uma pessoa doente não trabalha e uma pessoa precisa adiar férias para manter a ambulância funcionando. Isto é assim em todo o estado. O efetivo é antigo, muitos têm se aposentado. Chegaram 300 recém-formados agora, que suprem os que têm saído. Há a chance de chamar um excedente de mais 300, seria um bônus. Esperamos que isto aconteça e possamos receber alguém em Guabriuba”, relata Schlindwein.

“A quantidade de ocorrências, evidentemente, cresceu. O quartel tinha ainda menos espaço. O bom é que o aluguel é custeado pela prefeitura. Apesar do efetivo pequeno, a renda foi crescendo e pudemos comprar mais materiais. A demanda é grande, mas estamos bem equipados”, avalia Henrique.

Melhorias
Ao contrário do que ocorreu com Brusque, a substituição do Funrebom por um novo convênio em 2018 gerou aumento no orçamento. Outra melhoria foi a ausência de trotes registrados nos telefones de emergência, após um processo de conscientização junto às escolas. Crianças e adolescentes costumam ser os principais responsáveis pelos trotes.

“O convênio anterior tinha parte do IPTU repassado ao Corpo de Bombeiros. Em Brusque, funcionava bem porque era uma cidade maior. Em Guabiruba, a parte do IPTU é pequena. No novo convênio, conseguimos um aumento entre 20 e 30%”, comenta Schlindwein.

Carreira
Há 34 anos no Corpo de Bombeiros, o sargento Henrique poderia já ter se aposentado há quatro. No entanto, ele deve receber um convite do capitão Jacson de Souza, comandante do Corpo de Bombeiros em Brusque, para trabalhar temporariamente no setor de logística e no auxílio à perícia de incêndios.

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Ele conta que sair da parte operacional para a administrativa foi um desafio grande quando assumiu o comando. “Assusta no começo administrar tudo, ter que manter boas relações. É sempre ativo, diferente do bombeiro, que trabalha 24h e folga 48h, o comandante pouco descansa. O Luciano é gabaritado e pode trazer melhorias e novas ideias. Agradeço o apoio da tropa. O pessoal traz soluções junto dos problemas. Defesa Civil, bombeiros militares, comunitários, funcionários, todos foram fantásticos.”

O sargento Luciano, por outro lado, tem mais quatro anos de carreira até que possa pedir a aposentadoria. Hoje com 43 anos, ele também atuou no Corpo de Bombeiros de Brusque de 1997 a 2003. Ele assume por ser o mais antigo bombeiro do quartel.

“O quartel é pequeno, mas somos uma família. O comandante da época escolheu a dedo com quem iria trabalhar. O quartel surgiu do zero e foi evoluindo. Espero poder contar com a equipe da mesma forma que o sargento Henrique pôde. Conheço todos, alguns são da minha turma, se formaram comigo. É uma equipe pequena, mas entrosada. Mesmo em férias, vem gente visitar, conferir a situação, almoçar junto alguns dias”, destaca.