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Começa processo de secagem de milho em Guabiruba

Até agora, Aderg já secou 1.200 sacas, expectativa é chegar a sete mil até maio

A Associação de Desenvolvimento Rural de Guabiruba (Aderg) iniciou o processo de colheita e secagem do milho na semana passada. Até agora, já passaram pela máquina de secagem da associação 1.200 sacas. A expectativa é que até o mês de maio, quando termina o período da colheita, passem pela secagem de sete a oito mil sacas.

O presidente da Aderg, Arno José Kohler, afirma que esta safra não foi tão boa quanto a do ano passado. “O clima afetou bastante. Em julho choveu muito, e o milho não gosta de umidade, e em setembro tivemos um período longo de seca, que também interferiu em algumas plantações”, diz.

No ano passado, a associação secou 7.274 sacas de milho, com 50 kg cada. A associação conta hoje com cerca de 170 associados, e atende uma média de 180 produtores de milho por ano. “Eles chegam aqui, marcam a data e nós vamos atendendo na medida do possível. A prioridade sempre é do associado”, diz.

Assim que o milho está pronto para a colheita, o produtor agenda a colheitadeira da Aderg. A máquina faz a colheita, o produtor ensaca, leva até a sede da associação, pesa e deixa o milho lá para o processo de secagem. “Estamos com uma fila de espera para usar a secadeira”, diz.

A secagem tem por finalidade reduzir o conteúdo de água dos grãos, reduzindo a deterioração durante o armazenamento pela ação de fungos, bactérias, insetos e pelo processo de respiração dos grãos que provoca perda de massa e gera calor. A operação de secagem permite colher os grãos com maior umidade liberando a área colhida para o plantio de nova lavoura. Além desta vantagem, através da secagem é possível armazenar os grãos por períodos mais longos desfavorecendo o desenvolvimento de fungos e insetos-praga, pela redução do conteúdo percentual de água dos grãos.

O processo de secagem leva de sete a oito horas, dependendo o tipo do milho. “Se o produtor demorou mais para fazer a colheita, o milho vem um pouco mais seco, leva em torno de umas cinco horas cada fornada. Passam pela secagem cerca de 70 sacos de milho por vez”, explica.

Para a secagem, o milho é depositado na máquina, passa por um recipiente que faz a limpeza dos grãos, e vai para o forno, que não pode ultrapassar a temperatura de 120ºC. Fica no forno as horas necessárias para secar, depois é ensacado e devolvido ao produtor. “Cobramos R$ 4,50 por saca pela colheita e secagem do milho”, diz.

Após a secagem, o milho volta ao produtor. “Cerca de 80% dos produtores que utilizam a associação ficam com o milho para o próprio consumo, para fazer a alimentação dos animais fora da silagem. Quem comercializa, vende para os próprios colonos que não tem plantação. Hoje, a saca está saindo de R$ 30 a R$ 35”.
Área plantada diminui

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), a área plantada de milho diminuiu na primeira safra ou safra de verão no Brasil. No relatório de janeiro de 2015, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou que foram semeados 6,18 milhões de hectares em 2014/2015, uma redução de 6,6% em relação à safra passada.

A produção está estimada em 29,64 milhões de toneladas de milho, 6,4% ou 2,01 milhões de toneladas a menos que na safra passada