Neste Dia do Trabalhador, o Sindicato dos Comerciários de Brusque lamenta as reformas trabalhista e da Previdência Social propostas pelo governo federal. Na visão do sindicato, se trata, na verdade, de uma reforma sindical. O projeto é fazer no Brasil, assim como acontece em outros países da América Latina: cada empresa controla o seu sindicato, sendo assim, não haverá mais acordo coletivo e sim individual.
Aos olhos do sindicato, a proposta prejudicará tão somente os trabalhadores. A alegação dos governantes, de que a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) é antiga e precisa de uma reforma, é balela, na visão do sindicato. A entidade ressalta que são realizadas atualizações com frequência, o que deixa a CLT sempre moderna. “Buscam dentro dela um ou dois itens que ainda são antigos para justificar como motivo de reforma. Esse é o grande norte da reforma proposta”, avalia a presidência do sindicato.
Muitas das modificações propostas já acontecem ou já tentaram ser implantadas. Por exemplo, o parcelamento das férias em três vezes, proposto pela reforma, já ocorre atualmente desta maneira: o trabalhador goza de dois períodos de dez dias e vende o restante.
A redução para 30 minutos de intervalo é um dos itens que já esteve em vigor no Brasil, no entanto, o Ministério Público acabou com isto. Absurdamente, propuseram a jornada diária de 12 horas. Atualmente existe isso, mas apenas no setor de vigilância.
Para o Sindicato dos Comerciários, a questão da terceirização do trabalho nada mais é do que uma malandragem das grandes empresas que forçarão os trabalhadores a criarem uma empresa individual. “A tal da ‘pejotização’, ou seja, contratar o CNPJ”. “A reforma da previdência se faz necessário pelo seguinte: o funcionário é demitido e ganha R$ 1 mil por mês e, neste valor, a previdência arrecada R$ 350. Enquanto que se o empregador contratar um CNPJ com o mesmo salário, a previdência arrecadará R$ 200”, detalha.