Comércio de Brusque redobra atenção ao receber cédulas de R$ 50 e R$ 100 para evitar prejuízos

Várias lojas registraram boletim de ocorrência por receber cédulas falsificadas

Comércio de Brusque redobra atenção ao receber cédulas de R$ 50 e R$ 100 para evitar prejuízos

Várias lojas registraram boletim de ocorrência por receber cédulas falsificadas

O comércio de Brusque está em alerta com as notas falsas que tem sido repassadas nas últimas semanas. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) local emitiu um comunicado aos associados, para que tomem cuidado, principalmente ao receber cédulas de R$ 50 e
R$ 100. Um fator que preocupa os lojistas é o nível de sofisticação das falsificações.

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O presidente da CDL de Brusque, Michel Belli, diz que boa parte das cédulas não é detectada por meio da caneta especial. “Elas são lavadas com um líquido e a caneta não pega”, afirma. A entidade orienta aos comerciantes da cidade que tomem cuidado ao aceitar cédulas de valor maior.

Segundo Belli, como a caneta não é eficaz, a melhor maneira de perceber se a cédula é falsa é pelo tato. Somente sentindo a textura e comparando com uma nota autêntica é que o lojista pode ter mais garantia quanto à veracidade do que está a receber. “A textura é diferente, dá para perceber”, afirma.

Apesar das recomendações, Belli reconhece que é complicado fazer essa conferência em bares e padarias, onde a velocidade do atendimento é grande e quase não dá para parar. Uma das recomendações do presidente da CDL é que, na medida do possível, os comércios adquiram a luz negra – também chama de ultravioleta. Esta luz deve ser usada para ver a marca d’água, que não pode ficar fluorescente com a luminosidade.

Prejuízo

De acordo com o presidente da CDL, alguns associados só souberam que foram vítimas de fraude quando foram ao banco. A entidade financeira percebeu a nota falsa e a reteve. Por isso é importante tomar as medidas preventivas no ato da compra com dinheiro, afirma Belli.
O último caso de cédula falsa em Brusque foi registrado na segunda-feira, 25, mas aconteceu dia 19. O fato aconteceu no Posto Havan. O subgerente do posto, Kelvin Bonomini Kamer, diz que esta foi a segunda vez que isto aconteceu. Ele afirma que a empresa toma cuidado para não receptar dinheiro falso a todo o tempo, não só nas últimas semanas.

“Na contratação, já é explicado tudo para o funcionário”, afirma Kamer. O posto também tem procedimentos internos para a verificação, contudo, não informa detalhes por questão de segurança.

A rede de supermercados Archer tem sido alvo frequente dos fraudadores. Vera Lúcia Philippi, gerente financeira, diz que foram intensificadas as reuniões com os gerentes das lojas, para que eles tomem cuidado e instruam os caixas a checar as cédulas mais altas, de R$ 50 e R$ 100. “Espalharam muitas notas, mas a gerência está bem em cima disso”.

Vera frisa que as falsificações são difíceis de identificar. Muitas vezes, a caneta especial não funciona. Aí é preciso verificar a marca d’água e a textura manualmente. A recomendação é para que os caixas usem o tempo necessário no atendimento, para evitar prejuízo. “Os clientes tem de entender que há muitas notas na praça”, comenta.

Identificação é difícil

Danielle Lavigne, perita do Instituto Geral de Perícias (IGP), diz que há uma série de pontos que o cidadão comum pode observar para tentar se prevenir de pegar uma nota falsa. O principal deles é o tato, ou seja, é preciso sentir a textura. As cédulas são impressas em papel com alto relevo, portanto, se a superfície for lisa, deve se suspeitar.

A perita diz que também é possível observar a holografia das notas. As novas cédulas tem um sistema de holografia prateado que muda de cor a cada movimento. Nas falsificações, isso não acontece. O terceiro ponto é a marca d’água. Se ela reagir ao ser colocada sob a luz ultravioleta, há grande chance de o dinheiro ser falsificado.

Danielle afirma que também deve ser observado detalhes como a impressão, letras borradas e erros grosseiros deste tipo. O IGP de Brusque ainda não recebeu amostras das notas apreendidas nas últimas semanas.

20160727-18

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