IBGE: comércio em Santa Catarina cresceu 1,6% em agosto
Avanço recupera perda pontual de julho
O volume de vendas do comércio em Santa Catarina (varejo) cresceu 1,6% na passagem de julho para agosto, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira, 8. O avanço recupera a perda pontual de julho (-0,7%) e mostra que o setor já retomou o patamar pré-pandemia e continua em expansão.
Na comparação com agosto do ano passado, o comércio registra aumento de 10%. No acumulado do ano, o percentual é positivo em 4,2%; já nos últimos 12 meses, o setor cresceu 6,2%.
Entre os 11 setores pesquisados, oito estão com números positivos e três com retração na comparação com o mesmo período de 2019. O destaque é a venda de móveis e eletrodomésticos (+21,3%), hipermercados e supermercados (+18,6%), e tecidos, vestuário e calçados (+9,6%).
Por outro lado, registram recuo a venda de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-50,6%), livros, jornais e revistas (-39,2%), e combustíveis e lubrificantes (-9,9%).
Para especialistas, a disparidade entre os setores é justificada com o aumento de consumo de bens domésticos, para uso em casa, em detrimento de itens consumidos tradicionalmente na rua, ou em escritórios e lojas.
“O comércio de alimentação teve um aumento. Farmácia também aumentou, eletrodomésticos. As pessoas estão mais em casa e surgiu a necessidade de mais conforto nos seus aparelhos. Algumas coisas ficaram de lado para consumir o necessário”, disse o assessor institucional da Federação das CDLs de SC (FCDL/SC), João Carlos Dela Roca.
“Dos setores de comércio de bens, não de serviços, um dos setores mais afetados é o de roupas porque não há eventos sociais. […] Além disso, todos aqueles bens que têm alto valor agregado, que são mais dependentes do crédito, sofrem mais do que bens de baixo valor agregado, que independem do crédito. Carros, ótica, joalheria são setores que sentem mais”, afirmou o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.
No varejo ampliado, que inclui setores especiais, o panorama também é de crescimento. O destaque é a venda de materiais de construção, +25,2% em relação a agosto do ano passado. A venda de veículos, motocicletas, partes e peças caiu 3,5%.