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Comércio exterior teve altos e baixos em Brusque em 2020; confira números

Apesar da pandemia, segundo semestre registrou valores superiores aos de 2019

O comércio exterior em Brusque foi de altos e baixos em 2020, principalmente por conta da pandemia da Covid-19, mas o município terminou o ano com bons resultados. No segundo semestre, a cidade movimentou a quantia de 28,5 milhões de dólares com exportações, valor 7,3% maior do que o registrado no ano anterior. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

No entanto, em números totais mostram uma queda de 9,3% nas exportações e de 3,6% nas importações. Este cenário é um reflexo da pandemia da Covid-19, que trouxe inúmeras dificuldades para a economia, principalmente devido à paralisação de serviços, tanto na indústria quanto no comércio.

O primeiro semestre teve uma queda de 25,2% nas exportações, se comparado com o mesmo período em 2019. A queda é de 14,8% nas importações.

No segundo semestre, o município importou o equivalente a 145,2 milhões de dólares, o que representa um aumento de 7% no período. “Ficou mais barato trazer do que comprar daqui”, diz Rita Cassia Conti, presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr). 

Os principais fornecedores de insumos para o município seguem sendo os países da Ásia, América do Sul e os integrantes do Mercado Comum do Sul (Mercosul).

Com a alta do dólar, as indústrias passaram a exportar mais e o valor do produto subiu muito para o mercado interno. No caso do algodão, houve inclusive falta de matéria-prima, e as empresas brusquenses precisaram recorrer a países como a Índia. A indústria da metalmecânica também precisou importar aço. 

Apesar de prejudicar as negociações de insumos no mercado interno, a alta do dólar favoreceu as empresas locais para exportar seus produtos. O setor têxtil, somente em dezembro, exportou o equivalente a 846 mil dólares e o de metalmecânica 3,9 milhões de dólares.

No total, Brusque movimentou 49,3 milhões de dólares em 2020 com exportações. Os principais compradores são os países da América do Sul, América do Norte e os integrantes do Mercosul. 

Por outro lado, o mercado interno também foi aquecido. O comércio está procurando indústrias nacionais para adquirir produtos. “É complicado trazer de fora produtos prontos pelo valor do dólar”, diz Rita. 

Apesar de se ter números bons, o cenário poderia ser melhor. A presidente da Acibr diz que o ideal seria o dólar mais baixo, para ser bom para os dois lados. 

Ela frisa que o governo federal precisa perceber essa reação do mercado e tomar providências para a regulação. 

Expectativas para 2021

A presidente da Acibr diz que as expectativas são de que 2021 seja um ano próspero para a economia da cidade. 

No entanto, diz que ainda é cedo para saber como o mercado vai continuar reagindo porque “há uma luz no fim do túnel” com a vacina contra a Covid-19, porém nada concretizado. 

“Vamos aguardar a vacina. Vai ser um norte para todos nós em termos econômicos”, finaliza a empresária.