Marcelo Gouvêa

Comércio de Brusque inicia venda de álbuns da Copa do Mundo 2018

Expectativa é de venda de 500 mil envelopes de figurinhas temáticas até setembro na região de Brusque

A comercialização do álbum oficial da Copa do Mundo 2018 iniciou na última sexta-feira, 16. Em Brusque, alguns pontos de venda tinham os exemplares na versão normal e capa dura, além das tradicionais figurinhas em estoque e aguardavam o lançamento para disponibilizar o material. O produto é descrito por revendedores como uma tradição e uma oportunidade de atrair públicos diferentes para bancas e revistarias locais.

Para esta edição, a previsão é que a Brusque e seu entorno venda cerca de 500 mil envelopes de figurinhas. Cada um deles leva cinco cromos de jogadores das seleções do mundial e tem preço sugerido de R$ 2. As duas versões do álbum também estão disponíveis. A capa mole tem valor definido por R$ 7,90, enquanto o kit com a versão capa dura e 12 envelopes saí por R$ 49,90.

De acordo com o gerente da Revimar, Thiago Duque, a tendência é que todos os pontos com venda das revistas fornecidas pela distribuidora oficial tenham a comercialização dos produtos da Copa. A demanda pelos produtos é contínua na região e a cidade é tida como um dos principais mercados na região.

Uma das novidades deste ano é o número maior de jogadores. Serão 18, um a mais em comparação com a edição anterior do álbum. Segundo o gestor, uma equipe da Panini analisa cada figurinha antes da publicação. Após as escalações oficiais, é distribuído um kit para atualizar os jogadores convocados.

Neste ano, o período de vendas foi antecipado em cerca de duas semanas, em comparação com a última Copa. Na época, 300 milhões de envelopes de figurinhas foram vendidos no país. A produção dos materiais é feita desde o início do ano, em São Paulo. Por dia são feitas cerca de 8 milhões de figurinhas.

Em alta
Duque atribui a popularidade dos colecionáveis ao carinho, entusiasmo e lembranças geradas com o hábito de comprar, trocar e colar as figurinhas. Não raro, colecionadores guardam álbuns completos para vender anos depois. De acordo com ele, também há casos de compras em lotes por empresários para desenvolverem ações entre os funcionários.

Ao longo dos anos, Duque percebeu mudanças no perfil do público consumidor dos álbuns de figurinhas. Segundo ele, houve um aumento na faixa etária. De um produto voltado para crianças e jovens, as figurinhas passaram a atrair senhores de 60,70, 80 anos. “Há um sentimento muito bom durante a abertura dos envelopes, colagem. Relembra a pureza, felicidade de quando éramos crianças”.

Tradição no comércio
Entre os revendedores, as figurinhas comemorativas são esperadas como uma tradição. Logo no primeiro dia de abertura das vendas, Rosangela Deucher, proprietária da Livraria Gralha Azul, comemorava a procura pelos itens. Dos 20 kits de capa dura feitos por ela, 13 foram vendidas só na manhã de sexta-feira. No mesmo período ela vendeu também 200 envelopes.

De acordo com ela, a loja é um ponto tradicional de trocas, o que estimula a circulação de compradores. Mesmo com todas as novidades tecnológicas, ela ressalta a cultura formada com a compra e venda dos cromos. “As bancas e os álbuns não perderam sua tradição e a Copa do Mundo é uma comoção nacional”.

Há mais de 15 anos, Luan Maestri, da Livraria e Banca São Luiz, acompanha o movimento gerado com a venda dos produtos. Só na edição anterior, ele vendeu cerca de 44 mil pacotes de figurinhas. Desde janeiro ele recebia questionamentos sobre a disponibilidade dos produtos.

Segundo o comerciante, a cada edição é percebido um aumento nas vendas dos itens. Atribui a procura à cultura repassada dos mais velhos para os mais jovens. Outro benefício é o aumento da circulação de pessoas no local. “Tem gente que só vem pelo álbum e figurinhas”, brinca.

Os preços
Capa cartão (capa mole): R$ 7,90
Capa Dura + 12 envelopes (60 figurinhas): R$ 49,90
Envelope com 5 figurinhas: R$ 2,00