Como escola do Santa Terezinha mobilizou comunidade para ampliar infraestrutura
Iniciativas foram viabilizadas com eventos internos e melhorias envolveram desde criação à ampliação de área útil
A volta às aulas para o segundo semestre da CEI Emilia Floriani de Oliveira (Caic), no bairro Santa Terezinha, contou com a apresentação de um espaço interno remodelado. Sob a cobertura, feita no ano passado, estudantes e pais de alunos puderam para conhecer a nova quadra, preparada durante o período de recesso escolar. As melhorias da estruturas foram custeadas com os recursos arrecadados com os eventos internos.
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Os esforços para custear as melhorias de estrutura foram intensificados desde o ano passado. Eventos, como a Festa Junina, gincanas e ações de arrecadação mobilizam pais dos 280 estudantes e comunidade do bairro. Desde lá, a escola recebeu salas para atividades e planejamento de professores, melhorias na sala de coordenação, manutenções de piso e um novo parquinho.
Com um custo estimado em R$ 16,8 mil, a cobertura foi uma das primeiras iniciativas desenvolvidas no modelo e cria possibilidades tanto para realização de eventos internos, quanto para atividades em dias de chuva. Na quadra, recém finalizada, os alunos podem ter atividades físicas ou brincadeiras.
O espaço era uma das principais prioridades para a escola, segundo a diretora Priscila Dauer. Até a conclusão, para organizar programações, era preciso recorrer a toldos ou cessão de espaços cobertos de instituições próximas. De acordo com ela, além do apoio, a aproximação com a Associação de Pais e Professores (APP) e poder público foram fundamentais para conseguir desenvolver os eventos e tirar as ações do papel.
Planejamento e ampliação
Com a mobilização conjunta também foi possível fazer a ampliação da área útil da escola, criação de um estacionamento e a abertura de uma rua lateral. A nova via cria mais uma possibilidade de acesso e escoamento do fluxo, antes concentrado na rua George Boettger. As mudanças aproveitam um espaço inutilizado, com aterramento e limpeza de uma área de vegetação.
A diretora atribui os resultados atingidos à transparência mantida no desenvolvimento dos projetos internos, além da forma como são debatidos com a comunidade escolar. As reuniões com a entidade representativa dos pais ocorrem a cada quinze dias e os demonstrativos dos investimentos e ações são expostos em murais. “Os pais abraçam a causa juntos. Colocamos objetivos e metas a serem alcançadas. Hoje, queremos terminar o cercamento da escola”.
Os recursos das ações da escola e APP ajudaram a viabilizar os materiais necessários para a finalizar os 250 metros de cercamento da escola. O serviço terá mão de obra custeada pelo Executivo e está em fase de medições e finalização da documentação para a instalar a estrutura. A coordenadora Carolina Nogel acredita que a revisão do espaço possibilita mais segurança e amplia as possibilidade de interação dos alunos com ambientes diferentes. “É um espaço rico, externo e arborizado”.
A existência da área trazia mau cheiro e mosquitos para o entorno, de acordo com a monitora, Sandra Serafim. Para fazer atividades externas com as crianças era preciso o uso de protetores e repelentes.
Comunidade participativa
Entre os educadores como as professoras Simone Juncks e Miriam Rocha, os resultados dão mais variedade às atividades promovidas e qualificam o ensino interno. Mãe de uma aluna de 5 anos da escola, Simone destaca a importância da retomada dos eventos internos para a aproximação com a comunidade escolar.
Com mais espaço e a criação de áreas apropriadas, isso se reflete no melhor desenvolvimento dos estudantes. De acordo com ela, os eventos anteriores, apesar de terem resultados satisfatórios, acabavam não tendo a mesma adesão do que os realizados atualmente.
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As contribuições não ficam restritas às participações nos eventos. Desde o ano passado, as programações foram abertas para toda a comunidade e gincanas são usadas para arrecadar produtos. O modelo é aprovado por pais, como Evaldo Martins, 45.
Pai de uma ex-aluna e de um estudante do Caic, ele acompanhou boa parte das tentativas da escola em viabilizar a nova infraestrutura nos últimos oito anos. Os projetos, lembra, acabavam esbarrando na falta de recursos e a iniciativa não era desenvolvida. “Quando comecei, a escola tinha o mesmo prédio, mas não a mesma estrutura que tem hoje, mudou bastante”.
Para ele, a decisão de abrir o evento para toda a comunidade tem aproximado os moradores e empresários do bairro do cotidiano da escola. Segundo Martins, com o engajamento e redução de custos, os eventos promovidos geram mais público e arrecadação para ser revertida em novos projetos.