Como está a situação dos prédios antigos do Besc e dos Correios em Brusque
Intenção da prefeitura de ocupá-los não deve prosperar devido a diferentes situações
O edifício do antigo Besc, na esquina das ruas Monte Castelo e Padre Gatone, e o imóvel dos Correios, no cruzamento da Monte Castelo com a avenida das Comunidades, são elefantes brancos que chamam a atenção de quem passa pelo Centro de Brusque. Na intenção de solucionar o problema, a prefeitura sinalizou que poderia usá-los, mas a iniciativa não deve ter sucesso.
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O do Besc, onde também funcionou o Banco do Brasil, pertence ao Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina (TRT-SC), que não irá cedê-lo ao município. Ali funcionará o novo Fórum Trabalhista do município.
Consta no site do TRT-SC que a licitação para a reforma completa do prédio já foi lançada. O custo total é de R$ 3 milhões. A previsão é que a obra comece em dezembro, se não houver problemas de impugnação da empresa vencedora do certame.
Com o investimento já agendado, a Justiça do Trabalho não tem intenção de cedê-lo à prefeitura. O município havia manifestado, há um ano, a intenção de implantar, no edifício, um espaço para exposições culturais.
Já o caso dos Correios ainda não teve uma resposta definitiva. A prefeitura solicitou ao governo federal que o imóvel seja cedido para que ali funcione algum serviço público.
Segundo o vice-prefeito de Brusque, Ari Vequi, a intenção é implantar no local o Procon ou qualquer outro setor. O objetivo central é ocupar o espaço e, assim, evitar que os andarilhos e usuários de drogas tomem conta – como acontecia até o ano passado.
No entanto, um conselheiro do Conselho de Administração dos Correios solicitou vistas do pedido feito pela Prefeitura de Brusque. “Estamos aguardando os Correios”, declara Vequi.
A estatal não apresentou a decisão final à prefeitura se irá ceder ou não o espaço ao município, mas há indicativos de que a resposta será negativa.
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Segundo Vequi, há informações de que os Correios não têm interesse em ceder mais imóveis aos municípios, já que está nesta situação financeira delicada.
Além dessa questão, o imóvel dos Correios também é objeto de uma briga judicial. A Comunidade Evangélica Luterana alega ser a verdadeira dona dele.
Contatado por O Município, os Correios informam que não se trata de uma cessão do imóvel, mas uma alienação por meio de licitação. Segundo a estatal, esse processo “está sendo tratado estrategicamente em relação aos imóveis próprios ociosos”.
A empresa também informa que não tem conhecimento de que o imóvel é alvo de uma disputa com a Comunidade Luterana.