Conheça os planos para Brusque ter um time adulto de vôlei depois de quatro anos
Abel, FME e Turismo tentam fechar acordos com patrocinadores para que equipe feminina dispute a Superliga C
Abel, FME e Turismo tentam fechar acordos com patrocinadores para que equipe feminina dispute a Superliga C
Uma iniciativa que envolve a Associação Brusquense de Esporte e Lazer (Abel), a Fundação Municipal de Esportes (FME) e a Diretoria de Turismo tenta formar um time adulto de vôlei para Brusque. A princípio, a equipe será feminina, deverá se chamar Moda Brusque e disputaria a Superliga C, a terceira divisão nacional. A última participação brusquense no vôlei adulto nacional foi na Superliga B de 2017.
O coordenador-geral da Abel, Luiz Antonio Moretto, relata que as inscrições na Superliga C foram feitas nesta sexta-feira, 23, nos naipes feminino e masculino, caso fosse possível ter as duas equipes logo de início. No entanto, já era esperado que um único time fosse confirmado, e a inscrição da equipe masculina deverá ser retirada dentro do tempo regulamentar.
Desde 2019, 14 jogadoras da Abel foram transferidas a times de São Paulo ou dos Estados Unidos, tendo sondagens também de clubes europeus. Dentre as que mais se destacam, está a ponta Julia Bergmann, de 20 anos, que atua no Instituto de Tecnologia da Geórgia (Georgia Tech – GIT) e disputou a Liga das Nações de 2019 com a seleção principal.
A ideia é que atletas remanescentes da Abel componham parte significativa do elenco da Moda Brusque. “A Abel conquistou as quatro principais competições de base: Taça Paraná, Festival Internacional de Estrela, Jogos Escolares da Juventude e Copa Mercosul. Com o time adulto, sim, é possível manter alguns dos talentos revelados em Brusque”, destaca Moretto.
Para o cargo de técnico, a prioridade é tentar trazer Maurício Thomas. Bicampeão da Superliga masculina como auxiliar-técnico do Taubaté, ele participou do auge do vôlei brusquense ao nível nacional. Sempre destacou o desejo de voltar à cidade e tem apoiado a luta para encontrar os recursos necessários para que a equipe saia do papel.
Ex-presidente da Abel, Thomas sempre pediu que, para o esporte de rendimento ser sustentável, precisa da união entre iniciativas pública e privada. Ele reconhece os esforços da FME e da Diretoria de Turismo do município, mas reitera a necessidade do apoio do empresariado. “Estamos correndo contra o tempo”, destaca Maurício Thomas. “Há muitas equipes prontas para a Superliga C e estamos tentando iniciar o trabalho.”
O diretor de Turismo de Brusque, Ivan Jasper, é o principal responsável por buscar os patrocinadores da equipe. A ideia é que sete empresas componham a principal fonte de receita para a equipe. Os dirigentes lutam para obter o apoio necessário e conseguir estrear na Superliga C, que deverá ser disputada entre setembro e outubro. Entre os planos da Moda Brusque, estão o Campeonato Catarinense e os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc). Nacionalmente, o sonho é tentar o acesso à Superliga B.
Jasper está otimista com o projeto. Ele confia em uma reabertura gradual do público na Arena Brusque no final do ano para que a equipe tenha o apoio da torcida e para que a visibilidade atraia os investidores. “Temos uma cultura muito forte do vôlei na cidade. Acreditamos que o público deva voltar aos pontos, e para as marcas que estarão conosco, será espetacular.”
O superintendente da FME, Edson Garcia, conta que o nome Moda Brusque é alusivo aos patrocinadores que deverão fechar acordos com o projeto: em maioria, equipes voltadas ao setor têxtil. Os treinamentos devem começar cerca de um mês antes da Superliga C.
“O vôlei feminino é uma modalidade que gera uma quantidade muito grande de público na arena. A gente vem conversando para conseguir montar esta equipe desde o início do ano. Estamos nos organizando na captação de patrocinadores. Há um valor de bolsa-atleta que tenho reservado para o vôlei feminino, mas que é pouco para a formação de uma equipe adulta.”
A previsão da primeira temporada da Moda Brusque inclui a Superliga C de setembro a outubro; o Catarinense em outubro ou novembro; e os Jasc em novembro ou dezembro. Caso conquiste o acesso à Superliga B, a equipe deverá voltar a competir já em janeiro, com o calendário podendo se estender até abril na segunda divisão nacional.
Brusque teve cinco participações na Superliga A. Em 2001-02, a cidade era representada pelo SEB/Buettner, em uma parceria entre Bandeirante e Buettner. Em 2007-08, a Brasil Telecom havia encerrado a equipe de Brasília e iniciou uma em Brusque, que ficou no quarto lugar naquela temporada.
Na temporada 2009-10, a equipe foi uma fusão entre Brusque e Pomerode, que obteve a classificação às quartas de final, caindo para a Unilever/Rio de Janeiro. A última participação foi em 2010-11.
Em 2016, a Abel subiu da antiga Taça Prata à Superliga B. No ano seguinte, já no segundo escalão do vôlei brasileiro, chegou ao terceiro lugar.
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