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Como foram os primeiros dias de Victor Wietcowsky como prefeito de Botuverá

Chefe do Executivo comenta situação financeira da prefeitura e vitória da oposição na Câmara

O prefeito de Botuverá, Victor Wietcowsky (PP), teve uma agenda com diversos compromissos nas primeiras semanas como chefe do Executivo. Ele tomou posse no dia 1º de janeiro. A chegada de Victor ao governo representa uma quebra de 12 anos de hegemonia do MDB em Botuverá.

O monitoramento das ações da Secretaria de Obras foi um dos primeiros passos dados pela nova gestão. Além disso, o prefeito priorizou atender os novos servidores comissionados. Secretários do governo também apresentaram as demandas ao chefe do Executivo.

“Os dias foram bem cheios e bem intensos. Foram encontros com os secretários. Cada pasta trouxe suas demandas. Além disso, tivemos encontros com os novos contratados. As pessoas vieram aqui [na prefeitura] durante a semana toda para desejar um bom trabalho”, conta.

Victor, Kaioran (ao centro) e o chefe de gabinete Tiago Vicentini (dir.) receberam visita do vereador de Brusque Jean Pirola (esq.) na primeira semana após posse. Foto: Divulgação

Após a vitória de Victor nas eleições, o processo de transição de governo chegou a ser suspenso pelo ex-prefeito Alcir Merizio (MDB). A medida foi tomada após o ministro Floriano de Azevedo Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entender, em decisão monocrática, pelo indeferimento da candidatura de Victor. Posteriormente, o prefeito conseguiu uma liminar, foi diplomado e tomou posse.

Com a liminar, o governo anterior retomou o processo de transição. No entanto, Victor, que protestou com a suspensão da transição, analisa que o tempo de trabalho interrompido prejudicou o início do novo governo.

“Prejudicou muito no entendimento do funcionamento prático de cada setor da prefeitura. Estamos valorizando nossos servidores efetivos, mas há boa parte dos comissionados começando agora. Aconteceu de não termos servidores efetivos no administrativo de determinada secretaria. Todos eram comissionados”.

Caixa da prefeitura

O prefeito de Botuverá também divulgou a situação das finanças do município. O governo inicia com aproximadamente R$ 6,1 milhões em caixa.

Deste valor, estão os recursos do programa Recupera SC, que giram em torno de R$ 1,1 milhão. Esta verba específica não pode ser utilizada, pois terá que ser devolvida ao governo do estado após o término do plano de trabalho.

Para saúde, são R$ 733 mil; educação, R$ 951 mil; assistência social, 69,5 mil; iluminação pública, R$ 529 mil; outros, R$ 1 milhão; e cerca de R$ 1,5 milhão em valores livres.

Ainda de acordo com o chefe do Executivo, em 2024, a média mensal de despesas com folha de pagamento, encargos e custeio de manutenção foi de R$ 3,1 milhões.

Oposição na Câmara

O MDB, partido de oposição, é maioria na Câmara de Vereadores de Botuverá. Os cinco emedebistas elegeram o vereador Odirlei Bissoni (MDB) como presidente do Legislativo. Victor afirma que é cedo para avaliar se a Câmara será “oposição ferrenha” ou auxiliará o governo. Ele diz que acredita na “palavra dos parlamentares”.

“Queríamos o presidente da Câmara do nosso partido, mas o discurso dos parlamentares no dia da posse foi de união e de deixar o partidarismo de lado. Nós também tivemos esse discurso. Se todos levarem para esse lado, acredito que não será uma derrota, mas só vamos sentir isso a partir do momento que começarmos a apresentar projetos”.

O prefeito, que era vereador de oposição até o ano passado, afirma que manteve uma postura colaborativa em relação ao governo Alcir Merizio, deixando o partidarismo de lado. Victor diz que a postura foi tomada também pelo colega e ex-vereador Valdecir Martinenghi (PP), únicos opositores na Câmara naquela ocasião.

Nos próximos meses, o governo Victor Wietcowsky deve apresentar uma reforma administrativa para votação na Câmara de Botuverá. Neste primeiro momento, o chefe do Executivo avalia as mudanças que pretende realizar. A reforma deve ser apresentada ainda no primeiro semestre deste ano.


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