Como grupo ajuda a preservar história da imigração italiana em Guabiruba e Botuverá

Mais de 40 pessoas realizam passeio na natureza homenageando antiga peregrinação

Como grupo ajuda a preservar história da imigração italiana em Guabiruba e Botuverá

Mais de 40 pessoas realizam passeio na natureza homenageando antiga peregrinação

Desde o fim do século 19, com a chegada dos primeiros imigrantes italianos na região, uma trilha que liga os bairros Lageado Alto, em Guabiruba, e Lageado Baixo, em Botuverá, se popularizou. Na época, a intenção era que os guabirubenses chegassem até o município vizinho para participar das festividades em homenagem a Santo Antônio.

Mais de 100 anos depois, um grupo resolveu reviver esta tradição, e levou neste domingo, 2, 41 pessoas para esta trilha ecológica. É a sexta edição do evento que começou entre familiares, mas já é aberto a amigos e comunidade. Os envolvidos na caminhada, em sua maioria primos que realizavam esse mesmo trajeto na infância, se reuniram por volta das 6h, começaram a caminhada 7h10 e chegaram em Botuverá por volta das 11h.

A chuva, conforme explica um dos organizadores, Guilherme Colombi, não foi um problema. “O pessoal estava com um pouco de receio no começo, por causa da chuva, mas decidimos ir mesmo assim. A chuva foi compensada pelo contato com a natureza”. O trajeto envolveu o encontro com belezas naturais como rios, cachoeiras e riquezas de fauna e flora.

No meio do caminho, o grupo fez um piquenique, inclusive com uma fogueira para assar aperitivos. “Nos preocupamos bastante com a questão da preservação do meio-ambiente. Todo o lixo que nós produzimos foi recolhido. Foi uma caminhada que realmente nos recolocou em contato com a natureza”, explicou Guilherme.

Muitas gerações se reuniram na peregrinação. Artur Molinari, de 8 anos, representou o grupo dos mais jovens, enquanto Santino Pavesi, de 80, era o mais velho, e também o que mais motivou a todos para seguir o trajeto. A caminhada desembocou em um restaurante, onde o grupo teve um típica refeição italiana: galinha caipira, macarrão e polenta foi o cardápio. “Foi importante mostrar para crianças dessa geração as coisas do mato, de um tempo que eles não conhecem”.

A maioria dos integrantes é descendente de italiano. Alguns, inclusive, falam na língua do País da Bota. A intenção é manter esta tradição e ir, aos poucos, marcando o evento no calendário artístico e cultural dos municípios de Guabiruba e Botuverá. “Agora todos aqui já sabem que é separado o primeiro fim de semana de setembro para realizar a caminhada”, completa Guilherme.

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