Como será a implantação do canil da Polícia Militar de Brusque

Projeto está em desenvolvimento e ideia é treinar de dois a quatro cães

Como será a implantação do canil da Polícia Militar de Brusque

Projeto está em desenvolvimento e ideia é treinar de dois a quatro cães

O 18º Batalhão da Polícia Militar de Brusque em breve vai contar com uma Companhia de Policiamento com Cães, o Canil. O comandante da 7ª Região da Polícia Militar de Santa Catarina, coronel Moacir Gomes Ribeiro, informou que a solicitação foi aprovada pelo comando-geral da Polícia Militar de Santa Catarina e o projeto já está em desenvolvimento.

O coronel explica que o pedido foi feito pelo comando local e ele fez a solicitação ao comando-geral. Com a aprovação, os próximos passos dependem das ações determinadas pelo comandante do 18º batalhão, tenente-coronel Otávio Manoel Ferreira Filho.

Por que um canil

Ferreira Filho explica que o pedido para a implantação do canil surgiu principalmente por conta do tráfico de drogas. Com a intensificação da fiscalização, a situação tem chamado a atenção do órgão, que já realizou cerca de 50 apreensões somente neste ano. “O canil é uma excelente ferramenta para esse tipo de crime”, avalia o tenente-coronel.

Além disso, o comandante comenta que com o Brusque Futebol Clube subindo para a Série C do Campeonato Brasileiro, um cão também será viável no policiamento das partidas de futebol.

O próximo passo é o desenvolvimento do projeto arquitetônico. A ideia é instalar a estrutura nos fundos do quartel, para evitar problemas de barulho com latidos e o mal cheiro. Após o levantamento de custos, o batalhão vai procurar ajuda financeira com o empresariado da região, para agilizar a construção.

A intenção do tenente-coronel é ter de dois a quatro cães. O comandante Gomes explica que o policiamento de tráfico de drogas demanda de cães farejadores e o policiamento para jogo requer um cão mais robusto.

A aquisição dos animais será por meio de recursos da própria Polícia Militar. Também existe a possibilidade de algum canil do estado ter algum cão para doar. Além disso, também será necessária a aquisição de uma viatura para o transporte dos cães nas operações.

Os cães precisam ser filhotes, para serem treinados e acostumados com seus tutores. O treinamento dura cerca de um ano e meio. Antes disso, os animais não atuam nas operações. Quatro policiais serão qualificados para a atividade e vão passar por um curso no Canil Central da Polícia Militar de Santa Catarina.

De acordo com Gomes, o custo de um canil não é alto e depende do momento, porque pode acontecer de o cão ficar doente e precisar de veterinário. Sem imprevistos, a manutenção não é cara porque requer a compra apenas de ração.

Canil de Blumenau

O 10º Batalhão da Polícia Militar de Blumenau conta com uma Companhia de Policiamento com Cães (Canil) há cerca de dez anos e há seis está sob o comando do capitão Iuri Coura Lima. Atualmente o canil conta com seis cães, sendo três aptos para o serviço e três em fase de treinamento. Além disso, seis policiais trabalham, sendo um para cada cão.

Em treinamento estão os cães Mag (Pastor Holandês), Charlie (Pastor Belga) e Decca (Pastor Belga). Todos treinam para faro de entorpecentes, armas e munições. E, além desta modalidade, Charlie é treinado para busca e captura.

O canil conta com animais que são treinados de acordo com suas particularidades e aptidões, cada um atuando em uma ou mais modalidades de serviço.

O cão Apollo (Pastor Belga Malinois) atua na modalidade de faro de drogas e de proteção, que é cuidar do policial durante a operação. Apollo é conhecido em todo o estado pelo seu serviço.

A cadela Ayra (Pastor Holandês) atua na busca de drogas e o cão Sheriff (Pastor Holandês) trabalha na busca e captura, auxiliando nas diligências para encontrar suspeitos.

Cadela Ayra atua na busca de drogas | Foto: Polícia Militar/Divulgação

“A gente praticamente consegue um flagrante de droga por dia com o canil, é muito ativo”, diz o capitão. Como eles têm um faro mais apurado, são peças fundamentais na busca e apreensão de entorpecentes.

Cão Apollo em ação | Foto: Polícia Militar/Divulgação

A rotina dos cães é basicamente treinar e trabalhar. E até quando os policiais responsáveis pelos animais estão de folga, eles passam no batalhão para fazer um treino rápido.

Cão Apollo atua na modalidade de faro de entorpecentes | Foto: Polícia Militar/Divulgação

 

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