Comunidade do Paquetá apresenta reivindicações na primeira sessão itinerante da Câmara de Brusque
Reunião foi realizado na noite desta terça-feira, na Escola de Ensino Fundamental Paquetá
Reunião foi realizado na noite desta terça-feira, na Escola de Ensino Fundamental Paquetá
A Escola de Ensino Fundamental Paquetá foi palco para a sessão da Câmara de Vereadores de Brusque na noite desta terça-feira, 9. A instituição foi o local escolhido para realizar a primeira sessão itinerante, projeto aprovado em abril deste ano, e que tem como objetivo popularizar os trabalhos legislativos e promover a integração com a comunidade.
Na forma itinerante, a sessão tem um formato diferente do realizado nas reuniões ordinárias. O presidente do legislativo, José Zancanaro (PSB), explicou que na sessão itinerante a Câmara realizou sua função administrativa.
“A Câmara forma junto com o Executivo e o Judiciário um tripé. São poderes independentes, mas devem ser harmônicos. Nossas funções básicas são legislar, fiscalizar e na forma administrativa ouvir as reivindicações da comunidade”.
Cada vereador presente teve três minutos para se apresentar para a comunidade que compareceu à sessão. Presente no início da reunião, o prefeito Jonas Paegle discursou.
“É importante esse contato com a comunidade. Sabemos que cada bairro tem os seus problemas, suas necessidades e fazemos o máximo que podemos para ajudar a todos. Infelizmente, não dá para fazer todas as obras ao mesmo tempo, atender a todas as comunidades porque nos falta recursos”, disse o prefeito.
Por fim, o líder escolhido para representar a comunidade expôs as principais reivindicações e necessidades do bairro. Morador da comunidade, Edson Hoffmann apresentou aos vereadores diversas solicitações que, se realizadas, tornarão a vida dos moradores do Paquetá e dos bairros próximos melhor.
Hoffmann iniciou com a reivindicação de melhorias na praça do bairro que hoje está em más condições e, constantemente, sofre com vandalismo. “Hoje a nossa praça é usada para sexo e uso de drogas e não para o que interessa para comunidade. É um lugar bonito, mas vandalizado. Pedimos a retirada dos quiosques para fazer um centro comunitário que nós não temos e também trazer a quadra de futebol de areia mais para frente para que mais pessoas possam utilizar”.
O representante da comunidade destacou o problema do ribeirão que não tem vazão nas proximidades do Zé Melo Materiais de Construção e a tubulação antiga que causa problemas em dias de chuva. Outro ponto levantado foi o esgoto que é jogado direto no ribeirão e que causa mau cheiro na região.
Hoffmann também pediu celeridade na conclusão da obra de acesso ao bairro Paquetá e ainda a melhoria em toda a via. “A rua Azambuja está um caos e é necessário que seja feita a obra aqui pra cima com mais velocidade. Está muito precário, se fosse estrada de chão estaria até melhor do que está agora”, reclamou.
O morador também pediu melhorias para a escola. Entre os pedidos, ele destacou a necessidade de uma rampa de acesso à instituição, a construção de calçadas nas proximidades e a cobertura da quadra esportiva.
A presença mais efetiva da polícia no bairro também foi cobrada. “Há consumo de drogas e até venda aqui na frente da escola. Sabemos que a polícia faz um trabalho excelente, com pouco efetivo, mas necessitamos de mais atenção aqui”.
O representante da comunidade pediu ainda por melhorias na obra do PAC que foi feita na localidade da Rainha, com a inclusão de bocas de lobo mais eficientes para dar mais vazão à água da chuva. Para o Cedrinho, o pedido também foi de melhoria na tubulação que sai do ribeirão próximo à Travessa Dom Joaquim.
“Todos esses são problemas que são vistos a olho nu por qualquer morador. Não estão escondidos. Precisamos dessa atenção do poder público”, disse o morador.
Ao fim da reunião, o presidente José Zancanaro informou que todas as reivindicações apresentadas durante a sessão itinerante serão registradas, assinadas por todos os vereadores e encaminhadas ao prefeito.
“Todos vão abraçar necessidades que o bairro tem. Vamos selecionar as mais prioritárias e brigar para serem atendidas. Se conseguirmos resolver algumas esse ano, nos damos por satisfeitos. Será um trabalho coletivo e que terá uma força maior”.
Zancanaro também avaliou a primeira sessão itinerante. De acordo com ele, as sessões serão tratadas como um projeto piloto neste ano e, se houver adesão da comunidade, para o próximo ano terão um calendário feito com antecedência. “O objetivo é ouvir a comunidade e acredito que a primeira foi um sucesso”.