Mudança na administração do antigo Hospital Evangélico completa oito meses

Desde maio de 2015, espaço é arrendado por grupo de empresários; nova razão social é Maternidade e Hospital Aliança

A Associação Hospitalar e Maternidade Cônsul Carlos Renaux – conhecida como Hospital e Maternidade Evangélico de Brusque (HEM) não existe mais. A mudança na nomenclatura da unidade está em vigor desde o mês de maio do ano passado, quando foi oficializada a cisão – processo no qual cria-se um novo CNPJ para a instituição – a uma empresa privada.

A cisão significa que a associação hospitalar, que possuía só um CNPJ, passa a ter dois. A entidade continua com suas atividades de caráter social, como campanhas de doação, mas não tem mais poder de gestão sobre o hospital. Esse poder, por meio do contrato de cisão e da criação de novo CNPJ, passou para a empresa privada.
“A nova razão social é Maternidade e Hospital Aliança Ltda, não é mais da comunidade evangélica, foi arrendado para um grupo de empresários. A comunidade tinha uma direção administrativa e agora é uma empresa limitada com sócios. Todos os sócios são de Brusque”, explica a diretora do hospital, Ilze Barboza.

Em nota divulgada na tarde de ontem, a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Brusque esclarece que a Associação Hospitalar e a Celbrus (proprietária dos imóveis) locaram a Maternidade e Hospital para a empresa Maternidade e Hospital Aliança. “A partir de maio de 2015 toda a administração do hospital passou para a nova empresa a qual adotou como nome fantasia Maternidade e Hospital de Brusque”, diz o comunicado assinado pelo presidente da comunidade, Cristian Fuchs.

A nota ainda lamenta a decisão da diretoria do hospital em fechar o pronto atendimento nesta semana. “Não cabe a Comunidade Evangélica ou a Associação Hospitalar qualquer tipo de ingerência na administração da referida casa de saúde. Ao contrário do que está sendo divulgado na imprensa no caso do fechamento do pronto atendimento, o Hospital Evangélico não existe desde maio de 2015. Lamentamos que a direção da Maternidade e Hospital Aliança tenha tomado tal atitude, uma vez que afeta toda a comunidade brusquense”.