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Comunidade Luterana tem prazo de 60 dias para analisar pedido de tombamento

Tombamento dos prédios da Igreja Luterana e da antiga maternidade está em análise pelo Conselho do Patrimônio

A Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Brusque solicitou ao Conselho Municipal do Patrimônio Natural, Histórico e Artístico Cultural, um prazo de 60 dias para avaliar o pedido de tombamento do prédio da Igreja Luterana e da antiga Maternidade de Brusque.

O pedido foi realizado pelo historiador Álisson Sousa Castro em outubro do ano passado e, desde então, está em análise pelo conselho. De acordo com o presidente do Conselho do Patrimônio, Ricardo Laube Moritz, o prazo para a comunidade foi dado para que eles possam realizar discussões sobre o assunto. “Há vários posicionamentos sobre o assunto dentro do conselho, e muitos pediram para que, antes da votação, tivessem uma resposta da comunidade.

Muitos defendem a questão da conscientização da população como um todo, priorizam isso, e entendem que o posicionamento da comunidade luterana é algo necessário”, diz.

Segundo ele, é necessária a discussão da comunidade sobre o assunto. “Quisemos valorizar essa discussão entre eles para difundir a questão da consciência pela preservação do patrimônio”.

Moritz destaca que independente da resposta da comunidade luterana acontecer ou não, a votação sobre o pedido de tombamento no conselho acontecerá no mês de maio. “O conselho vai emitir um parecer de tombamento dependendo da resposta ou decisão tomada pela comunidade. Se o parecer for favorável ao tombamento, o pedido será encaminhado ao executivo e a decisão de tombamento caberá à prefeitura. A lei Preservar prevê que o conselho pode deliberar sobre o tombamento de bens públicos, mas não de bens privados como é o caso dos dois prédios em questão”, diz.

O presidente da comunidade Bom Pastor, Sérgio Kuchenbecker, afirma que o assunto foi tema de apenas uma reunião, e que será a pauta de uma assembleia que acontecerá no próximo mês. No entanto, ele deixa claro a posição contrária da comunidade sobre o assunto. “Não achamos interessante o tombamento. Vemos exemplos de várias igrejas que hoje são tombadas, mas estão caindo aos pedaços. Reformamos a nossa igreja em quatro meses, se ela fosse tombada, poderíamos levar mais de quatro anos. Nem há recursos para se investir nisso. Hoje, precisamos reformar o prédio da antiga maternidade, e nisso vai mais de R$ 1 milhão, se tombar, como é que fica? Mesmo assim, faremos assembleia mês que vem para tratar do assunto”, diz.