Comusa cobrará da prefeitura ação contra descarte de efluentes no rio Itajaí-Mirim
Conselho irá elaborar resolução com medidas para proteção do rio, e pedirá ao prefeito para assiná-la
Conselho irá elaborar resolução com medidas para proteção do rio, e pedirá ao prefeito para assiná-la
Uma das prioridades do Conselho Municipal de Saúde (Comusa) para 2020 é cobrar junto à Prefeitura de Brusque uma ação contra o descarte irregular de produtos no rio Itajaí-Mirim. Este foi um dos assuntos discutidos na primeira reunião do Comusa no ano, que aconteceu na quarta-feira, 22.
O presidente Júlio Gevaerd, que foi reeleito para comandar o Comusa, afirma que uma resolução será feita para tratar do assunto e que o prefeito precisa assinar para que seja validada. Gevaerd destaca que esta ação é “extremamente necessária”, por causa da influência que a qualidade da água causa na saúde da população.
Também relacionada à qualidade da água, outra situação que Comusa vai tomar a posição durante este ano é a poluição de afluentes causada de descarte de tinturarias. Vários casos relacionados a isso já foram relatados por moradores este ano, que inclusive causaram morte de animais aquáticos.
“Com base no que o jornal O Município publicou, devemos ir à Polícia Militar e ao Ministério Público, porque precisamos de uma solução”, reforça.
Gevaerd destaca que a principal preocupação é com os produtos que estão sendo despejados na água. “O problema não é a cor, que é mais fácil de tratar, mas os rejeitos químicos. O produto que é usado para fixar a tinta é extremamente perigoso”, diz.
O Comusa também está atento ao despejo de dejetos relacionados ao trato de animais. “Outra situação que vamos assumir este ano é de hormônios que vão para a água. Isso acontece através de fezes e urina de bovinos, galinhas, que são tratados à base de hormônios. Já foram realizadas pesquisas que indicam que alguns tipos de câncer, como o de mama, são alimentados por este tipo de substância”, relata.
O presidente do órgão defendeu a importância do Comusa no compromisso junto ao poder público de zelar pela qualidade do atendimento destinado à saúde.
“O Comusa não quer propaganda, mas tem muitas coisas que o conselho já fez. É importante ressaltar que o Comusa tem a sua importância, não é um conselho qualquer. É baseado no Constituição, com uma fundamentação muito forte, e não é o município não pode falar que vai acabar ou que não vai ser levado em consideração”, reforçou.
Gevaerd deixou claro que o Comusa está aberto a questionamentos e para esclarecimento de dúvidas. As reuniões do conselho acontecem na terceira quarta-feira de cada mês.