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Condomínios não podem impedir a permanência de animais

Normas de conduta para moradores que possuem cachorros e gatos são criadas pelas administradoras

Com a vida agitada e a correria do dia a dia, manter um animal de estimação não é tarefa fácil. Quando se vive em um apartamento, por exemplo, o trabalho pode ser ainda maior. A necessidade de espaço e a agitação dos bichos, podem incomodar os vizinhos e trazer dor de cabeça para quem mantém um animal. Atualmente é ilegal a proibição de animais em condomínios, por isso, muitos deles estipulam regras para a boa convivência entre os moradores e seus bichos de estimação.

Segundo Clausivet Zimmermann, um dos proprietários de uma administradora de condomínios de Brusque, a maioria dos prédios geridos por sua empresa mantém no regimento interno normas de conduta e cuidados que os moradores devem ter com seus bichos de estimação. “É difícil termos problemas em relação a isso, pois os próprios condôminos se organizam e definem as regras para uma boa convivência”, revela.

Segundo o administrador, essas regras divergem de acordo com a estrutura do prédio. Em casos de edifícios onde existem dois elevadores, o proprietário do animal deve sempre utilizar o elevador de serviço. Quando é um prédio baixo, com três ou quatro andares e só há um elevador, o correto é ir pela escada.

Além disso, o dono deve sempre carregar o cachorro ou gato no colo, exceto quando for um animal de grande ou médio porte, que deve circular pelas dependências do prédio com a coleira. Isso evita grandes problemas com outros moradores e garante a maior higiene das áreas comuns.

Atualmente é comum que a maioria dos condomínios busquem formas de convivência com os animais de estimação, mas há alguns anos, haviam prédios que não permitiam que os moradores mantivessem gatos e cachorros no apartamento. Essa proibição é ilegal e se um morador passar por essa situação, deve procurar seus direitos na justiça.

“É contra a lei proibir o trânsito e a permanência de animais em condomínios. Justamente por isso que hoje é muito raro alguém passar por essa situação. O sindico que negar a convivência do animal no prédio, pode ter muita dor de cabeça, pois se o morador procurar a justiça, certamente terá seus direitos garantidos”, afirma Zimmermann.

O proprietário da cachorra Nina, Vilmar Veneri, garante que nunca precisou enfrentar esse problema. “Tive uma amiga que morou há alguns anos em um prédio aqui no Centro e ela precisava colocar o cachorro dentro de uma bolsa para entrar e sair do edifício, pois lá proibiam a permanência de animais. Ainda bem que eu nunca passei por isso, tanto aqui quanto nos outros lugares que morei, sempre tivemos uma boa convivência com os vizinhos”, revela.

Apesar de ser comportada dentro de casa, Veneri conta que Nina é uma Lhasa Apso, uma raça muito territorialista, que protege seu espaço, e quando ouve algum barulho ou recebe uma visita diferente ela late bastante, até se acostumar com a presença da pessoa. “Eu costumo dizer que a casa é dela e não minha. Ela manda aqui, esse é o espaço da Nina, se alguém invadir, ela vai estranhar”, explica.

Apesar de ser uma cachorra de pequeno porte, como todo animal de estimação, Nina também precisa de cuidados, como a prática de atividades físicas. Veneri, que trabalha com desenvolvimento de produto, procura passear com ela todos os dias e sempre pode, fica em casa fazendo companhia para a cachorrinha.

Cuidados com animais de estimação em apartamentos

Segundo a veterinária Ana Luiza de Souza, da Clínica Vita Vet, quem vive em apartamento e deseja adotar um animal de estimação precisa estar atento a algumas regras e cuidados necessários para manter o bem estar do seu bichinho.

“É muito importante não abandonar o animal em casa. Principalmente no caso dos cachorros. Muita gente trabalha o dia inteiro, chega cansado e não leva seu cão para passear. Ao adotar, é necessário ter a consciência de que ele precisa extravasar a energia de alguma forma e um ou dois passeios por dia pode ajudar nessa questão, caso contrário, o animal se torna apático ou irritado”, explica.

Além dos passeios diários, é preciso fazer a higiene do cachorro ou gato com frequência, sempre levá-lo ao veterinário, e no caso de precisar deixar o animal sozinho durante o dia, colocar comida e água fresca. Brinquedos também podem ajudar a distrai-lo, bolinhas de borracha e mordedores, são alguns exemplos. Mas é importante que o objeto seja grande o suficiente para não apresentar um risco de ser ingerido. Na dúvida, sempre pergunte ao veterinário qual a melhor opção.