Confira balanço dos estragos causados pela forte chuva que atingiu Brusque
Informações foram repassadas em coletiva de imprensa na tarde deste sábado
Informações foram repassadas em coletiva de imprensa na tarde deste sábado
Entre o fim da noite desta sexta-feira, 10, e a madrugada deste sábado, 11, Brusque foi um dos municípios que teve maior acúmulo de chuva no estado de Santa Catarina ao lado de Porto Belo, com uma média de 106 milímetros acumulados.
Durante a madrugada deste sábado e durante a manhã e a tarde, a Defesa Civil de Brusque, a Secretaria de Obras, a Guarda de Trânsito de Brusque (GTB) e o Corpo de Bombeiros estiveram empenhados em atender a população. Até o momento, foram registradas mais de 50 ocorrências em toda a cidade.
As informações sobre os estragos causados pelas fortes chuvas foram repassados em coletiva de imprensa na tarde deste sábado, realizada no auditório da sede da Defesa Civil. O evento contou com a presença do vice-prefeito de Brusque, Ari Vequi, do diretor da Defesa Civil, Carlos Alexandre Reis, o agente do órgão, Edvilson Cugik, do secretário de Obras, Ricardo de Souza e do supervisor da GTB, Eder Carlos.
Segundo Reis, a previsão é de mais chuva para este sábado. Por isso, o pedido é que a população fique atenta aos riscos e acione o órgão pelo telefone 199 caso necessário.
O vice-prefeito disse durante a coletiva que o município aguarda a finalização do levantamento das ocorrências para verificar se há necessidade da declarar situação de emergência. “O decreto facilitaria uma série de questões”, comenta Vequi.
Ele diz que o decreto depende do reconhecimento do estado e uma séria de quesitos são avaliados como quantidade de chuva, número de pontos de alagamentos e até as imagens coletadas tanto pela Defesa Civil como pela população podem ajudar.
Se decretada a situação de emergência, o município terá aval para realizar uma série de procedimentos, como a compra de água, colchões, entre outros. Além disso, é possível buscar recursos com o governo estadual e federal para a solução de problemas em decorrência das chuvas.
Durante o temporal, a rua Felipe Heckert, no bairro Azambuja, registrou 140 milímetros (mm) acumulados de chuva, segundo o diretor da Defesa Civil. “Centro e quarenta milímetros de chuva é o equivalente a 1.400 litros de água por metro quadrado. Obviamente juntando isso com o próprio entulho, não teria drenagem que suportaria essa quantidade de água”, comenta Reis.
Confira os números nos demais locais:
Águas Claras: 102 mm
Guarani: 101 mm
Paquetá: 99 mm
Limeira: 97 mm
Souza Cruz: 94 mm
Zantão: 81 mm
São Pedro: 79 mm
Volta Grande: 77 mm
Média de acúmulo em cidades da região:
Brusque: 106 mm
Itajaí: 100 mm
Guabiruba: 90 mm
São João Batista: 95 mm
Até a tarde deste sábado a Defesa Civil foi chamada para atender 18 deslizamentos que registraram apenas danos materiais. Em alguns deles houve queda de árvores e o Corpo de Bombeiros foi acionado para fazer o corte.
Como o solo está úmido e há a possibilidade de chuva, o diretor da Defesa Civil alerta para que a população que vive em área de risco fique atenta a qualquer mudança. Caso ouvir algum barulho, procurar uma área segura e acionar o órgão.
Na rua Ponta Russa, no bairro de mesmo nome, uma ocorrência de maior gravidade foi registrada. Uma residência mista acabou sendo arrastada pelas águas e restou apenas o banheiro. A família conseguiu sair do local e ninguém se feriu.
No bairro Limeira, outra família ficou ilhada e necessitou do auxílio da Defesa Civil para a retirada dos moradores.
Na rua SL006, no bairro Santa Luzia, uma ponte caiu e os moradores ficaram ilhados. A Secretaria de Obras já soube do caso. Segundo o diretor da Defesa Civil, quatro famílias moram no local e estão isoladas.
A prefeitura montou um albergue provisório na Arena Brusque para acolher os desabrigados. O local ficará aberto 24h e as famílias que precisarem podem se dirigir ao abrigo a qualquer momento.
No momento do temporal, mais de 15 pontos do município ficaram alagados. O supervisor da GTB, Eder Carlos, orienta para que a população circule pela cidade somente se necessário porque há locais onde as máquinas da secretaria de Obras estão trabalhando para fazer a limpeza e alguns pontos estão com barro na estrada e também há possibilidade de deslizamentos.
O vice-prefeito de Brusque, Ari Vequi, diz que em locais onde a situação costumava ser crítica, como no bairro Nova Brasília, não houve registro grandes problemas por conta das obras de drenagem do PAC.
Vequi diz que em casos onde ainda há problemas quando chove, como no Limeira, é preciso fazer primeiramente um estudo para depois apresentar um projeto do bairro Limeira Baixa até o Limeira Alta. O secretário de Obras, Ricardo de Souza, diz que será necessário repensar toda a região porque existem até algumas construções abaixo da cota.
O vice-prefeito ressalta que no caso do bairro Primeiro de Maio não há como executar o projeto de drenagem existente, será preciso avaliar e criar um novo. “Não tem condições técnicas de executar”, afirma o vice-prefeito.
Já na travessa da rua João Bauer com a Felipe Schmidt a situação já está mais encaminhada. O projeto está quase pronto e em avaliação na Caixa Econômica.
Confira os locais onde alagamentos foram registrados:
Primeiro de Maio, na altura da Sociedade Beneficente
Travessa Dom Joaquim
Poço Fundo (Geral)
Felipe Heckert (Rua Nova Trento)
Rodovia Antônio Heil, próximo da Fip
Rua Itajaí
Loteamento Dom Nelson
Travessa Santa Cruz
Vitor Meireles
Otto Renaux
Estrada Geral da São Pedro
Alberto Muller
Guarani
Luiza Pereira
Padre Antônio Eising
Alguns pontos do bairro Steffen
A Guarda de Trânsito de Brusque (GBT) atende pelo telefone 153 e a Defesa Civil pode ser acionada pelo telefone 199 ou então pelo 3396-7413.