Confira como funciona a transição de governo após eleição para presidente
Geraldo Alckmin será o representante do governo eleito, afirmou ministro de Bolsonaro
O ministro da Casa Civil divulgou nesta terça-feira, 1º, que o governo federal está se preparando para a transição de poder na presidência. A fala de Ciro Nogueira ocorreu logo após o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL), e citou que Geraldo Alckmin será o representante do novo governo eleito para o mandato 2023-2026. Mas como funciona essa transição?
Com o fim do período eleitoral e a definição de um novo presidente da República para os próximos quatro anos, tem início o período de transição de governos. É nessa oportunidade que a equipe do atual governo oferece uma grande quantidade de informações do andamento da administração do país a uma equipe indicada pelo presidente eleito. Entre essas informações está, por exemplo, a questão econômica como as despesas, dívidas e receitas dos cofres da União.
Histórico
Em 2002, o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, assinou uma medida provisória, posteriormente aprovada pelo Congresso e transformada em lei permanente, com as regras para um bom início de um novo governo. Na ocasião, o próprio Fernando Henrique muniu o seu sucessor de dados do seu governo, em um processo reconhecido no meio político como tranquilo e civilizado.
E quem recebeu as informações do governo Fernando Henrique em 2002 é o mesmo a assumir a Presidência no ano que vem. Luiz Inácio Lula da Silva já mobilizou nomes de confiança para iniciar a transição de governo. A coordenação, nos próximos dois meses, ficará a cargo do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.
“Nosso objetivo será fornecer ao presidente Lula, de forma republicana e democrática, todas as informações necessárias para que seu mandato, que começa em 1° de janeiro, seja bem-sucedido no atendimento das prioridades da população”, disse Alckmin nas redes sociais.
Equipe de transição
De acordo com a lei 10.609, de 2002, o eleito ao cargo de presidente da República poderá criar uma equipe de transição com o objetivo de se inteirar do funcionamento dos órgãos e entidades que compõem a Administração Pública Federal e preparar os atos do novo governo a serem editados imediatamente após a posse.
A equipe de transição terá acesso às informações relativas às contas públicas, aos programas e aos projetos do governo federal. Os membros dessa equipe receberão informações de diversas áreas, como economia, saúde, educação e infraestrutura, por exemplo, e ocuparão cargos públicos temporários, criados exatamente para esse fim, os Cargos Especiais de Transição Governamental (CETG). A lei estabelece um limite de 50 pessoas para ocupar esses cargos. Os CETG são criados a partir do segundo dia útil após o resultado das eleições.
Os integrantes do atual governo ficam obrigados por lei a fornecer as informações solicitadas pelo coordenador da equipe de transição, bem como a prestar o apoio técnico e administrativo necessários aos seus trabalhos.
Com a lei de 2002, o presidente eleito não fica refém da boa vontade do governo que se encerra para compartilhar os documentos, inclusive sigilosos, dos últimos 4 anos de gestão.
É do ministro-chefe da Casa Civil a responsabilidade de disponibilizar local, infraestrutura e apoio administrativo ao presidente e vice-presidente eleitos para que possam trabalhar na transição.
A lei determina que os CETG devem ser vagos em até dez dias após a posse do candidato eleito. Ao final desse prazo, todos os membros da equipe de transição são automaticamente exonerados. Dá-se início, definitivamente, ao novo governo.
Leia também:
– Rodovias Antônio Heil e Pedro Merizio são liberadas novamente, de acordo com PMRv
– Saudade, amor e fé: familiares prestam homenagens no Dia de Finados em cemitérios de Brusque
– Polícia Civil prende um dos suspeitos do assassinato de jovem no bairro Limoeiro
– Manifestantes usam crianças em bloqueio e PRF aciona Conselho Tutelar em Itajaí
– Conheça os governadores eleitos no segundo turno no Brasil
– Assista agora:
“Se você não lutar, a doença vai te derrubar”, diz moradora de Brusque que venceu o câncer de mama