Confraria de Brusque retrata a história da cidade em bordados; conheça o trabalho

Desde 2012, grupo realiza encontros e faz exposições de bordados artísticos

Confraria de Brusque retrata a história da cidade em bordados; conheça o trabalho

Desde 2012, grupo realiza encontros e faz exposições de bordados artísticos

Agulha, linha e conhecimento compartilhado. Em 2012, a Confraria Bordadeira de Brusque começou a bordar sua história, após três amigas que faziam curso de costura criativa resolverem aprender a bordar.

De acordo com Nilse Benvenutti Dalago, uma das fundadoras do grupo, o objetivo da Confraria sempre foi resgatar a arte do bordado, bordar a vida, as palavras, Brusque e Santa Catarina, promovendo o desenvolvimento pessoal.

Em outubro de 2012, as amigas chamaram a famosa bordadeira Sávia Dumont, para ministrar um curso na cidade. “Após o encontro, nós resolvemos formar o grupo de bordadeiras e foi ali que começou a confraria”, lembra Nilse.

Além de Nilse, no início da confraria participavam as bordadeiras Solange Rodrigues, Viviane Benvenuti Cândido, Lila Baumgartner, Parisina Ribeiro, Andreza Barni, Silvana dos Santos, Miriam de Oliveira, Nani Maurici, Ana Maria Ruzinski e Silvana Rodrigues.

“Inicialmente a gente bordava coisas simples, mas logo surgiu a ideia de fazer algo maior. Começamos o projeto Brusque Ontem e Hoje, bordando casas antigas e atuais. São 13 painéis e começamos a expor, em 2018, na Casa de Brusque, na semana do aniversário da cidade”, detalha.

Em 2019, a exposição foi realizada no Stop Shop. Em 2020, com a pandemia, o grupo ficou afastado, e em 2021, a Confraria decidiu manter os bordados em exposição permanente no município.

“Nós queríamos doar para alguém que cuidasse, e decidimos doá-los para a Unifebe, que irá fazer uma exposição temporária e depois será permanente”, conta a bordadeira.

Recentemente, o Centro Universitário de Brusque (Unifebe) sediou a exposição Bordando Brusque ontem e hoje. Os quadros bordados à mão pelas artistas da Confraria foram expostos até o dia 20 de agostom na universidade.

“A exposição desses quadros no mês de aniversário de Brusque é uma tradição desde 2018, pois entendemos que contribui para mantermos viva a história do nosso município”, enfatiza Nilse.

Os quadros foram doados pela Confraria para a instituição e, após a exposição em alusão ao aniversário de Brusque, ficarão expostos permanentemente no local.

As obras retratam o Hino de Brusque e construções históricas da cidade, como o Complexo de Azambuja, a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux e o Clube Caça e Tiro Araújo Brusque.

Exposição mostra bordados de diversos cenários conhecidos de Brusque. Foto: Unifebe/Divulgação

Encontros

Inicialmente, as bordadeiras se encontravam uma vez por semana. Os encontros, que pararam em 2020 por conta da pandemia, voltaram a ser realizados uma vez por mês.

A cada dois meses, o grupo faz um café literário e elas também se encontram nas praças de Brusque para bordar.

“O café literário é uma atividade onde são convidadas pessoas ligadas a cultura para uma conversa. Outras vezes trazem apresentações, que pode ser um conto ou esquetes teatrais. Fazemos também uma cantoria que também é um resgate das cantigas folclóricas”, explica a bordadeira.

Já o bordado na praça, é feito em datas definidas anteriormente pelas participantes e no dia vai quem tiver possibilidade.

Exposições

Durante os anos de bordados, o grupo participou de exposições do Sesc em Paraty (RJ). As bordadeiras participaram por cinco anos consecutivos das exposições chamadas Bordados Poéticos.

“Há um tema para bordar. Eles dão o prazo até meados de agosto e a exposição é realizada em outubro”, informa Nilse.

O grupo também participou de exposições em Florianópolis, Joaçaba e São Paulo (SP). Conforme o assunto, elas bordem e enviam para as exposições.

“Participamos do encontro de bordadeiras em Pirapora (MG), em julho de 2015, foi muito legal. Vários encontros a gente vai pois sempre aprendemos alguma coisa. Uma ajuda a outra, se tiver dificuldade, já que umas bordam muito bem, e outras estão iniciando”, comenta.

Pandemia

Segundo Nilse, apesar de 2020 não ter ocorrido encontros do grupo, as bordadeiras acompanharam diversas transmissões ao vivo de bordadeiras de outros estados do Brasil. “Isso ajudou muito, mesmo sem os encontros, conseguimos nos aperfeiçoar”, comenta.

Agora, com a retomada gradual das reuniões, a Confraria deve começar um novo projeto sobre os casarões antigos da cidade. “Porém, vamos com calma, pois o grupo é que arca com todos os custos”, ressalta.

Bordadeiras fazem reuniões mensais e também bordam nas praças da cidade. Foto: Confraria Bordadeira de Brusque/Divulgação

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