Em meio à dor e à tristeza de perder uma filha, Gertrudes Krieger, 68 anos, juntou forças para assumir a criação da neta, Bruna Krieger Paza, 25 anos, na época, com menos de 24 horas de vida.
A mãe da menina, Shirley, morreu horas depois de dar à luz a filha. Shirley era a filha mais velha de Gertrudes. Bruna sempre foi muito desejada e planejada pela família, principalmente pela avó, já que seria a primeira neta.
A morte de Shirley, na noite do dia 22 de agosto de 1994, pegou toda a família de surpresa. “Ela teve a menina de manhã, fez cesárea e correu tudo bem. A tarde ela tava bem também, normal, mas a noite ela ficou ruim, começou a piorar, foi pra UTI e não resistiu”, conta Gertrudes.
A avó, então, assumiu a criação da neta, já que o pai de Bruna morava junto com a família. “Ele ficou por um tempo, depois foi pra casa da mãe dele e a Bruna ficou comigo, eu fiz questão”.
Gertrudes conta que no começo foi muito difícil aceitar a morte da filha, algo que aconteceu de repente. Para honrar a memória de Shirley, decidiu que a responsabilidade com Bruna era sua.
“Foi muito difícil, muito. Ela era a primeira neta, a primeira bisneta da minha sogra, e foi um baque quando minha filha morreu, mas tivemos que reunir forças para dar todo o amor para a Bruna”.
Como já saiu da maternidade nos braços de Gertrudes, Bruna tem a avó como referência de mãe. A menina sempre chamou a avó de mãe e tem uma relação de irmã com as tias Sheila e Fernanda.
“Fui criada por ela desde que nasci, a tenho como minha mãe. Sempre morei com ela desde a saída do hospital, então sempre a chamei de mãe”, afirma Bruna.
As duas são muito ligadas e sempre conversaram sobre tudo. Para Bruna, é um orgulho ter a figura de mãe e avó em Gertrudes.
“Temos uma relação muito boa, somos muito próximas. Foi tudo muito difícil, mas sempre conseguimos vencer todas as dificuldades juntas. Ela é tudo pra mim”, destaca Gertrudes.
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