Conheça a história de três Papais Noéis que fazem a alegria de crianças e adultos em Brusque
Martins José dos Santos, trabalha há 37 anos no município; Roberto Hodecker seguiu o exemplo do avô e Valdemar Abelino é o papai noel do Stop Shop há 10 anos
Conheça a história de três Papais Noéis que fazem a alegria de crianças e adultos em Brusque
Martins José dos Santos, trabalha há 37 anos no município; Roberto Hodecker seguiu o exemplo do avô e Valdemar Abelino é o papai noel do Stop Shop há 10 anos
Fim do ano, enquanto muitos se preparam para o merecido descanso após um ano intenso, para outros, o trabalho está só começando. Se transformar em um dos personagens mais amados do Natal não é uma tarefa fácil.
A preparação, para a maioria, inicia já no mês de outubro, quando lojas, shoppings, supermercados e escolas começam a planejar o período natalino e encontrar o papai noel perfeito.
Com barba natural ou artificial, os responsáveis por dar vida ao bom velhinho tem um final de ano bastante agitado. O trabalho começa no fim de novembro ou início de dezembro e segue em ritmo acelerado à medida que o Natal se aproxima.
Geralmente, quem se transforma em papai noel uma vez, se apaixona pela tarefa e repete ano após ano. Esse é o caso de Martins José dos Santos, 62 anos. Ele é papai noel há 37 anos em Brusque e, a cada Natal, fica mais encantado com o que vê quando está na pele do bom velhinho.
Ele encarnou o personagem pela primeira vez no Natal de 1979. A sua grande barba foi o que o levou a tomar esta decisão. “Eu sempre tive barba grande, então o pessoal sempre falava que eu poderia ser papai noel, por isso decidi aceitar”, diz.
No primeiro ano, porém, a tarefa não o agradou muito. “Há 30 anos, os pais não compravam brinquedos para as crianças, era roupa e material escolar. Naquele ano, vi muita criança chorando porque não ganhou brinquedo. Isso me machucou muito”, conta.
Devido à insistência dos amigos, no ano seguinte ele decidiu tentar mais uma vez, mas de uma maneira diferente. “Fiz uma campanha de brinquedos e consegui arrecadar 200. Então, se a criança não ganhava um brinquedo, eu tinha para dar e ela não ficava triste”.
E assim, nasceu o Papai Noel Martins. Até hoje, o pagamento pelo seu trabalho como papai noel é em brinquedos. “Meu objetivo é arrecadar brinquedo e fazer as crianças felizes”. Tudo que arrecada interpretando o personagem, ele entrega para as crianças de Brusque e região. “Levo isso muito a sério. É inexplicável quando eu chego e vejo a alegria nos olhos das crianças”, destaca.
A barba, que o levou a se transformar em papai noel, já virou característica. Toda natural, deixa as crianças ainda mais encantadas. “Há 15 anos eu não faço mais a barba, apenas aparo. Antes, passava o Natal eu tirava, mas não adiantava muito porque a partir de janeiro já tinha que deixar crescer de novo para o próximo Natal”.
Para ele, não há dinheiro no mundo que pague a emoção que ele sente ao interpretar o personagem. “O Papai Noel não existe até o momento que eu chego, eles puxam a barba e veem que é de verdade, aí se derretem. A emoção é geral, adultos e crianças. A presença do papai noel é muito forte, é marcante”, diz. “Não tem nada melhor do que fazer o outro feliz”, completa.
Herança de família
O agente de saúde Roberto Hodecker, 35 anos, cresceu vendo o avô, Higino Hodecker, fazendo o Natal de muitas famílias mais felizes como papai noel. Por isso, há pouco mais de 10 anos, ele decidiu seguir o exemplo do avô e, desde então, espalha a magia do Natal dando vida ao bom velhinho.
A roupa que ele usa, inclusive, era do avô, que morreu há nove anos. “Ele me deu a roupa de presente para eu continuar a tradição”, diz.
Neste ano, Hodecker será o Papai Noel do Natal Encantado, que ocorrerá do dia 1º a 23 de dezembro, no pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof. Para ele, não há nada melhor do que ver o sorriso das crianças. “É uma sensação fantástica. Enquanto eu puder, eu vou fazer”.
Nos anos anteriores, Hodecker usava uma máscara junto com a barba artificial. Desta vez, será somente a barba e, então ele terá que controlar ainda mais a emoção. “Quando tinha a máscara, já chorei de emoção muitas vezes embaixo dela. Esse ano vou ter que segurar, senão o papai noel vai ficar com fama de chorão”, brinca.
Natal de fé
O almoxarife Valdemar Abelino, 58 anos, é o papai noel do Stop Shop há 10 anos. Ele sempre gostou muito do Natal e, por isso, decidiu levar alegria para as pessoas nessa data especial.
Antes de se tornar papai noel, Abelino lembra que sempre sofreu com muitos problemas de saúde, mas depois que decidiu interpretar o personagem, a saúde melhorou muito. “Acredito muito em Deus, em Jesus, e depois que comecei a fazer melhorei uns 80%. É o resultado de muita fé”, diz.
Enquanto a maioria dos trabalhadores pega férias para poder viajar e descansar, ele antecipa a sua folga do trabalho para poder se transformar no papai noel. “Minhas férias vencem só em abril, mas eu antecipo para dezembro só para poder me dedicar a isso”.
Para ele, o Natal é tempo de agradecer e é este o pedido que o papai noel faz para as crianças. “Sempre peço para as crianças que vem falar comigo para rezar e agradecer a Deus por tudo que eles têm. Este é o verdadeiro sentido do Natal”.
Quem quiser contribuir com a campanha de Natal do Papai Noel Martins, pode entrar em contato pelo perfil dele no Facebook: Martins Santos.