O crescimento do uso das redes sociais como palco para abordar questões e temáticas raciais está cada vez mais evidente. Pessoas compartilham e inspiram tantas outras com histórias de superação. É o caso da brasileira Silvana Cotrim que voltou a estudar após os 40 anos e se formou na faculdade de Gestão de Recursos Humanos e inspira pessoas que, assim como ela, não tiveram acesso à educação na idade regular.
Dona Silvana, mãe, mulher negra, nascida no interior de São Paulo, é retrato de muitos cidadãos que, assim como ela, podem ressignificar suas histórias. Hoje, aposentada, ela trabalha voluntariamente para combater a evasão escolar, principalmente entre os negros que, em suas palavras e percepção, “são as pessoas que mais abandonam os estudos”.
Silvana mora em Atibaia e ia nas escolas da sua região para conversar com estudantes e incentivá-los a continuarem estudando. “Onde moro foi a última cidade do Brasil a aceitar a libertação dos escravos e isso ainda tem um peso muito grande na cidade. Então quem a gente percebe que saiu da escola são os negros. Por isso a gente também faz um trabalho de revalorização da história dele, dizendo que a única maneira que você tem de resgatar tudo isso é estudando, crescendo na vida. Aí a gente consegue que eles voltem e que consigam ajuda para as dificuldades”, relata.
No contexto da pandemia do novo coronavírus, as conversas presenciais que Silvana tinha com os alunos passaram a ser virtuais. Para isso, agora ela conta com ajuda do Coletivo Negra Visão que realiza transmissões ao vivo no Instagram abordando temáticas que ajudam a resgatar a autoestima das pessoas negras.
Está mais fácil encontrar e aprender sobre diversos assuntos seguindo perfis de pessoas comprometidas a compartilhar histórias e informações acerca de diversas abordagens sociais. Para ajudar quem quer manter-se bem informado sobre o assunto, separamos alguns perfis, em ordem alfabética, que valem a pena a visita.
Fundado pelo agente de influenciadores pretos Ricardo Silvestre, o perfil promove a conexão de influenciadores, artistas e criadores de conteúdo pretos ou periféricos.
Djamila tornou-se conhecida no país por seu ativismo na Internet. Ela é filósofa, feminista negra, escritora e acadêmica brasileira.
Gabi Oliveira é formada em Comunicação e aborda temas ligados às questões raciais e beleza. A influencer participou do Brazil Conference at Harvard & MIT, nos Estados Unidos, e venceu o Prêmio Influenciadores Digitais.
Pâmela é atriz e porta-voz de questões do feminismo negro. Por seu trabalho, venceu o Prêmio Microinfluenciadores Digitais 2019, na categoria Ativismo.
O PlanAfros se define como canal de conteúdo audiovisual, que produz, cria e co-cria com a periferia. Em seu perfil, os conteúdos abordam filmes e criações artísticas negras.
Trace é um canal de TV fechado e o seu perfil aborda conteúdos e produções sobre a cultura afro, jovem e urbana no Brasil.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil