Com economia instável, brusquenses deixam de ir à praia nesta temporada
Oportunidades de emprego no fim do ano e falta de recursos são motivos elencados
Oportunidades de emprego no fim do ano e falta de recursos são motivos elencados
Na contramão de grande parte da população brusquense, há quem prefira passar o fim de ano no aconchego do lar. Seja por economia ou para evitar o estresse do trânsito, muitos cidadãos brusquenses deixaram de lado a ideia de viajar para os tradicionais municípios que contemplam festas de reveillón, como Itajaí, Balneário Camboriú e Itapema.
Os motivos explicados para permanecer em Brusque são muitos: desde economizar para a reforma da casa até aproveitar um ambiente mais silencioso. Donos de animais de estimação também preferem ficar em casa e cuidar, principalmente neste período em que são utilizados fogos de artifício.
Em casa pela oportunidade
Quem batalhou por muito tempo e, enfim, conquistou uma vaga de emprego, não quer deixar a oportunidade escapar. É o caso de Valdeci Pereira Colman, que é natural de Jardim (MS), mas conheceu Brusque em 2009 e gostou da cidade.
Casado e pai de uma filha de dois anos, Colman decidiu passar o fim de ano em Brusque porque conseguiu um trabalho extra como garçom. “Eu já trabalho em uma churrascaria e por isso consegui esse emprego extra. Às vezes dá vontade de sair sim, mas pelo meu serviço eu resolvi ficar”.
Quem também conseguiu emprego nos últimos meses do ano foi Sidinei Kuhn, como explica sua esposa, Maria Helena Lazzarotto. “Chamaram ele para uma vaga de emprego somente agora, e não poderia perder a oportunidade, por isso resolvemos ficar, apesar de eu estar de férias”. O casal tem dois filhos, Gabriela, de 10 anos, e Guilherme, de 6.
Sem incômodo
Com o desenvolvimento do potencial turístico do litoral catarinense, a cada ano aumenta o número de visitantes nas praias. O resultado disso são filas no trânsito e no comércio – como lojas, supermercados, padarias e farmácias.
É deste incômodo que Didier Grotti quis escapar nessa virada de ano. “Além disso também quis evitar a falta de educação que há nas praias, com pessoas ouvindo som alto na areia. Você é obrigado a ouvir o que o seu vizinho está escutando”.
Este é o mesmo pensamento de Jaqueline Homem, brusquense que passou a virada de ano no berço da fiação catarinense, mesmo tendo casa na praia, em Penha. “Meu ano novo vai ser aqui pela grana, que está curta, e para evitar o estresse”, completa.