Conheça história do Pavilhão da Fenarreco, que celebra 30 anos em 2022

Estrutura foi inaugurado em 26 de setembro de 1992 e passou pela primeira reforma em 2018

Conheça história do Pavilhão da Fenarreco, que celebra 30 anos em 2022

Estrutura foi inaugurado em 26 de setembro de 1992 e passou pela primeira reforma em 2018

Há 30 anos a Prefeitura de Brusque inaugurava o principal local de eventos no município: o Pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof. Com o avanço da Fenarreco, principal festa de Brusque, a administração municipal decidiu construir um local maior para realizar este e outros eventos.

A área de 55 mil metros quadrados foi adquirida em um local estratégico tendo hotéis e a rodoviária nas redondezas, bem como a rodovia que dá acesso ao município. Além da estrutura construída, o amplo estacionamento também chamava atenção.

No evento de inauguração, que ocorreu às 18h do dia 26 de setembro de 1992, o público pôde acompanhar dois shows nacionais com as duplas Sandy e Júnior e Chitãozinho e Xororó.

Notícia da inauguração do pavilhão estampou a capa do jornal O Município em 1992 | Foto: Wendel Rudolfo/O Município

Detalhes da obra

As obras iniciaram com a edificação dos sanitários, cozinha, depósitos e o primeiro pavimento. Ao todo, o espaço tinha 10,5 mil m² de área construída com capacidade para 8 mil pessoas e seria utilizado como salão de dança.

Construção do pavilhão Maria Celina Vidoto Imhof no final da obra | Foto: Arquivo Ligia Doriana/Curto Fotos Antigas de Brusque

Ao mesmo tempo em que a obra saia do papel, a administração municipal promovia eventos no local. Lonas foram instaladas para realização de eventos no local, aproveitando a área onde não havia obras.

Além da Fenarreco, o pavilhão foi construído para sediar inúmeros eventos no município. Logo após a inauguração, a Feira Industrial foi realizada nas instalações. O projeto do pavilhão foi projetado pelo arquiteto Rubens Aviz. Roberto Bolognini foi o engenheiro responsável técnico pela obra.

Antes do pavilhão, lonas eram colocadas no terreno para realização de eventos entre 1989 e 1990 | Foto: Arquivo da Sociedade Amigos de Brusque

Em matéria publicada no jornal O Município, o arquiteto comentou que a intenção era realizar o projeto de um pavilhão diferente dos que existiam em outros municípios. Pensando nisso, o prédio foi elaborado para “cobrir todas as necessidades de infraestrutura”, levando em consideração experiências em eventos anteriores.

A matéria ainda informava que as duas torres do pavilhão seriam a sede da administração e um restaurante, que funcionaria durante todo o ano, além do período da festa. O arquiteto comentou que durante a projeção, um estudo minucioso foi realizado para implantação do sistema de exaustão “para que o pavilhão possa proporcionar um ambiente agradável a todos que participarem dos eventos”.

Pavilhão sendo construído em 1991 | Foto: Acervo Prefeitura Municipal de Brusque

Incentivo ao turismo

O prefeito da época, Ciro Roza, comentou que o pavilhão foi idealizado para atrair os turistas e disse que o local tinha múltiplas utilidades, como a realização de feiras, concertos, seminários, shows, congressos, entre outros. “O turista que vier a Balneário Camboriú e demais praias de Santa Catarina pode visitar Brusque se oferecermos opções”, declarou ao jornal na matéria de inauguração.

Após a realização da sétima edição da Festa Nacional do Marreco, a administração planejava buscar congressos e seminários para promover a estrutura e incentivar o turismo no município.

Na visão do Executivo, o pavilhão era uma garantia da manutenção de eventos, além do surgimento de novas celebrações, fundamental para a economia no município.

Matéria publicada no jornal O Município dava detalhes sobre o projeto desenvolvido para construção da estrutura | Foto: Wendel Rudolfo/O Município

Reforma após vendaval

De acordo com matérias anteriores do jornal O Município, a primeira grande reforma do espaço ocorreu em 2018, quando o telhado do pavilhão foi substituído por telhas termoacústicas. Cerca de 65% do telhado foi danificado pelo vendaval, e a prefeitura avaliou que, pelo custo-benefício, valeria a pena fazer a substituição de todas as telhas.

A estrutura foi danificada pelas chuvas e vendaval em janeiro daquele ano e precisou passar por uma obra de caráter emergencial. Além do telhado, também foram feitas melhorias nas estruturas elétrica e hidráulica, renovação nos banheiros e na pintura.

Esta foi a primeira reforma que o local recebe desde sua construção | Foto: Marcos Borges/Arquivo O Município

Conforme apurado pelo jornal O Município na época, mais de 600 mil telhas foram retiradas e substituídas pelas novas telhas termoacústicas, que têm maior durabilidade e o objetivo de contribuir com a acústica do pavilhão. A Prefeitura de Brusque efetuou a compra de mais de 1,5 mil folhas de telhas, de diversos tamanhos, que foram cortadas e encaixadas nos seis níveis de telhados e nas torres.

A pintura também foi trocada na época, e toda estrutura passou por higienização e limpeza, seguido pelos reparos necessários nas partes danificadas devido ao tempo e às intempéries. Os pisos também foram lixados e receberam nova camada de tinta.

Reparos no telhado da estrutura iniciaram em março de 2018, após estrutura ser atingida por vendaval em janeiro daquele ano | Foto: Natália Huf/Arquivo O Municí­pio

O encanamento do pavilhão, bem como as portas e pias dos sanitários, foram trocados. As pias foram substituídas por balcões de mármore e as portas de madeira, desgastadas pela ação do tempo, deram espaço para as portas de alumínio. Outra melhoria foi a instalação de fraldários e banheiros para pessoas com necessidades especiais, que não existiam no projeto original do pavilhão.

Toda a fiação e cabeamento foram trocados após a instalação do telhado, e as lâmpadas comuns foram substituídas pela iluminação de LED, resultando em economia de energia.

Projeto do novo pavilhão apresentado em fevereiro de 2019 pela Secretaria de Turismo | Foto: Prefeitura de Brusque/Divulgação

Novo pavilhão

Após a reforma, a administração municipal planejava construir uma nova estrutura ao lado do atual pavilhão. O projeto tinha a intenção de conceder a gestão do pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof para uma cervejaria, assim como foi feito na Vila Germânica, em Blumenau.

Em 2019, o projeto foi paralisado após a administração municipal se reunir com empresas para estudar a viabilidade, mas não ter nenhum retorno. Outro ponto apresentado pela prefeitura na época era o amplo espaço com pouco uso e a necessidade de melhorias e acessibilidade no prédio já existente.

Projeto para construção do segundo pavilhão foi adiado pela prefeitura | Foto: Vitor Souza/O Município

O diretor de Turismo da época, Sidnei Dematé, declarou para reportagem do jornal O Município que o pavilhão ainda não tinha a agenda 100% ocupada e que só após isso seria a hora de pensar em mais uma estrutura.

No auge da pandemia, o local também serviu de abrigo para o Centro de Triagem, recebendo diariamente centenas de pessoas com sintomas de Covid-,19 e que passavam por avaliação e realizavam o teste. Com o avanço da vacinação e diminuição dos números de casos, o local volta a ser palco de grandes eventos no município, inclusive da 35ª edição da Fenarreco.

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