Conheça o projeto de reestruturação do espaço físico e acervo da Casa de Brusque
Instituição, que guarda peças e documentos históricos da região, busca recursos para revitalização
A Casa de Brusque teve projeto de reestruturação do museu aprovado pela Lei Rouanet, no valor de R$ 200 mil. Agora, a Sociedade Amigos de Brusque (SAB), mantenedora do museu, inicia a captação dos recursos que podem ser doados tanto por empresas, quanto por pessoas físicas com a possibilidade de dedução do valor na declaração completa do imposto de renda.
A historiadora e secretária administrativa da Casa de Brusque, Luciana Pasa Tomasi, explica que o projeto visa a organização do acervo do museu. A ideia é utilizar o recurso para readequar as peças que hoje estão expostas no local e também fazer a catalogação de cada item.
“Hoje não temos nenhum tipo de registro dessas peças, um histórico, os doadores, quando entrou para o museu, para que servia, e nem o estado de conservação”.
Luciana destaca que a catalogação das peças e a criação de uma sala de reserva técnica, local destinado para o tratamento, conservação e restauração do acervo, vai possibilitar uma rotatividade das peças em exposição, por exemplo.
“Tudo que temos hoje de objetos está exposto, o que não é correto. O museu precisa ter rotatividade, exposições diferentes para chamar o público, por isso a importância da sala de reserva técnica, que é onde as peças serão acondicionadas de forma adequada”.
Além disso, o projeto de reestruturação vai contemplar também a transferência do arquivo documental do museu para uma sala mais adequada, priorizando a temperatura ideal, reforma do piso, pintura, iluminação, acessibilidade e também a aquisição de móveis adequados para o acondicionamento do grande acervo de jornais existentes no local.
“Queremos colocar rampa de acesso, fechar o corredor para transformar no hall de entrada e onde hoje é o hall vamos fazer a secretaria. Na atual sala de pesquisa vamos colocar o acervo documental”.
Hoje, a Casa de Brusque guarda um acervo de documentos desde a fundação de Brusque. “O mais antigo é o de 4 de agosto de 1860, costumamos falar que é a certidão de nascimento de Brusque, que menciona os primeiros imigrantes que chegaram aqui. Temos também diversos jornais que circularam na cidade, documentos de clubes, associações”.
Os documentos mais antigos, de 1860 a 1891, estão digitalizados. Os demais estão disponíveis somente de forma física, por isso, a importância de mantê-los em uma sala adequada, com a conservação correta.
Apoio local
Na semana passada, Luciana e o presidente da Sociedade Amigos de Brusque, Ricardo José Scharf, apresentaram o projeto de reestruturação para a presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Rita Cassia Conti, e solicitaram apoio na conscientização do empresariado local.
O museu tem até dezembro deste ano para fazer a captação de, pelo menos, 40% do valor total do projeto, que é de R$ 200 mil, para que o Ministério da Cultura autorize o início.
Quem quiser colaborar com o museu, pode entrar em contato com a instituição pelo telefone 3351-2132 e fazer o depósito na conta que já foi aberta. O museu, então, emite um recibo e o doador apresenta na declaração completa do imposto de renda no ano que vem. É possível deduzir até 4% do imposto devido.
Luciana destaca a importância de contribuir com a Casa de Brusque. “É uma instituição consolidada em Brusque, que preserva a história e memória da cidade e do Vale do Itajaí. Temos documentos e peças que contam a história da nossa cidade, de empresas, e famílias. É um projeto importante para nosso município”, finaliza.