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Conheça o trabalho da Odontologia Hospitalar realizado com os pacientes da UTI do Hospital Azambuja

Serviço implantado há um ano na unidade hospitalar é considerado pioneiro

Há um ano o Hospital Azambuja implantou o serviço especializado de Odontologia Hospitalar, aos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição. O serviço é uma extensão do setor de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, que o Azambuja possui desde 1993, chefiado pelo cirurgião Alberto Fedeli Júnior.

O setor, que atende especificamente pacientes com traumas na face, em sua maioria vítimas de acidentes de trânsito envolvendo carros, motocicletas, bicicletas, atropelamentos; ou ainda vítimas de atividades esportivas, como o futebol; ou vítimas de agressões, percebeu a necessidade da implantação da Odontologia Hospitalar na UTI, diante dos benefícios aos pacientes e da possível contribuição com o tempo de internação, em alguns casos.

Além de Fedeli, outros três cirurgiões integram a equipe: Felipe Eilert dos Santos, Marcelo Bruno e Vitor Hugo Venturelli.

“Há pouco mais de um ano elaboramos um projeto com o dr. Vitor Hugo e conseguimos recursos junto ao então senador Jorginho Mello, hoje governador, por meio de uma Emenda Parlamentar. Isto garantiu ao hospital adquirir equipamentos específicos para este tipo de atendimento em pacientes nos leitos, como lasers, aparelhos de radiografia portátil, computadores, entre outros. Desde então, estamos aptos a exercer a Odontologia Hospitalar, que teve boa receptividade por toda diretoria e setores do Hospital Azambuja”, comenta Fedeli.

O cirurgião explica que o serviço não é uma obrigatoriedade para os hospitais, e que o Azambuja é pioneiro na implantação deste tipo de atendimento em Brusque. “Existia um projeto de lei, que não chegou a ser sancionado pelo governo passado, que comtempla este serviço nas UTIs. Não é algo complicado de ser instituído, mas que faz uma diferença grande no resultado final. Tem muitos hospitais no Brasil que já têm o serviço, mas a grande maioria não, pois demanda profissional habilitado e um determinado investimento”, comenta.

Segundo ele, o foco principal são os pacientes de UTI vítimas de AVC, imunossuprimidos, com doenças cardíacas, transplantados, os que são submetidos à quimioterapia e radioterapia, que tenham manifestações bucais dessas doenças, além de outros casos de patologias. O cirurgião dentista dentro da UTI acaba fazendo um trabalho de prevenção e diagnóstico e num segundo momento, de tratamento, intervindo à beira do leito, quando não é possível levar o paciente ao Centro Cirúrgico.

A atuação envolve a questão do tratamento periodontal, que são as infecções gengivais; as cirurgias que são necessárias para dar mais conforto ao paciente e tirar focos inflamatórios; lesões que causem dor ao paciente, como as mucosites, entre outras.
Um dado muito significativo alertado por Dr. Fedeli, está diretamente ligado às pneumonias associadas à ventilação mecânica (PAVs), que têm uma relação muito grande com a condição de saúde bucal dos pacientes.

“Há estudos e publicações científicas internacionais bem consolidados, onde fazem uma estimativa de diminuição do número de dias de internação dos pacientes e do gasto que esses pacientes acabam acarretando. Eles concluíram que os pacientes que tem essas PAVs, aumenta de 3 a 15 dias o tempo de internação e um custo em média de U$40 mil. Isso pode ser evitado, ou seja, o número de dias de internação pode ser diminuído com este trabalho de prevenção com a Odontologia Hospitalar que implantamos no Azambuja”, revela.

“A prioridade primeira nesses pacientes é a manutenção da sua vida e num segundo momento, temos que dar condições de qualidade para que ele possa ter esse seguimento. Temos que entender que isso entra como um fator para melhorar as condições desse paciente poder sair com maior brevidade da UTI, respeitando as necessidade que ele tem. Hoje o que se busca é o tratamento humanizado focado no paciente, não somente na doença, podendo oferecer a ele atendimento em todas as suas necessidades”, enfatiza.

De acordo com o secretário de Saúde e médico do corpo clínico do Hospital, Osvaldo Quirino de Souza, a disposição deste tipo de tratamento aos pacientes da UTI da instituição é de grande valia, porque é uma área que merecia este atendimento especializado.

“É um ganho de qualidade muito grande no atendimento global de todos os pacientes, em especial aos da UTI. E, além de tudo, esta equipe da Odontologia do Azambuja é uma equipe de excelência, de primeira categoria, de grande qualidade técnica-científica e eu tenho certeza que isso vai contribuir muito para a melhoria do atendimento e saúde de todos os pacientes que estiverem internados no Hospital”, comenta.

Para o gestor do Hospital Azambuja, Gilberto Bastiani, poder contar com uma equipe de cirurgiões dentistas altamente habilitada na instituição, sempre foi motivo de muita satisfação para toda a diretoria. “São profissionais que já têm uma trajetória de sucesso dentro do Azambuja, na área das cirurgias de Buco-Maxilo-Facial e também na parte ambulatorial, com pacientes do Pronto Socorro e pós-cirúrgicos. E agora, há um ano, ampliamos a atuação junto aos pacientes da UTI, com a Odontologia Hospitalar. É um serviço pioneiro, que está trazendo resultados significativos aos pacientes e a toda instituição”, frisa.


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