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Conheça os bastidores da peça Paixão e Morte de um Homem Livre

Equipes técnicas atuam desde 2017 na produção e divulgação do teatro

Nesta Quinta-Feira Santa, 18, estreia a peça Paixão e Morte de um Homem Livre. O espetáculo ficou conhecido na região por ser produzido por voluntários e atores amadores. O espetáculo inicia às 21h e na Sexta-Feira Santa, 19, será apresentado a partir das 19h30.

Para produzir o teatro, 100 voluntários que integram as equipes técnicas começam a trabalhar com alguns meses de antecedência. Muitos iniciam as pesquisas e fazem as primeiras reuniões em 2017, pouco tempo depois da estreia da última edição.

Conheça o trabalho das equipes de cenário, contrarregra, luz e som, maquiagem e cabelo, maquiagem artística, coreografia, bem estar, figurino, direção e criação, capela, comunicação e direção da Associação Artística Cultural São Pedro.

Cenário
A equipe do cenário é constituída por sete pessoas, são eles (na ordem da foto, da esquerda para direita) Vagner José Valentim, Sabrina Keller Valentim, Guilherme Zen, Marina Carminatti Zen, Carla Cristine Baron, Méroli Habitzreuter e Rafael Mattioli.

As atividades começam logo após a entrega do roteiro. Os voluntários precisam buscar referências para criar palco e elementos novos do cenário, para que nada seja igual às edições anteriores.

Após a aprovação do texto da peça, em março a equipe conversou com a diretora Rejane Habitzreuter Schlindwein para definir os detalhes e quantidade de palcos. Depois é estabelecido qual palco receberá cada cena.

Foto: Eliz Haacke

Marina, que é a coordenadora da equipe, explica que mesmo com cenas que acontecem em todas as edições são criados novos cenários. Segundo ela, as pesquisas de cenário não param. “Como fazemos parte disso há muito tempo, às vezes em uma pesquisa aleatória encontramos algo e salvamos para a próxima edição”. Com todas as ideias coletadas, a equipe se reúne para iniciar a criação das estruturas.

Contrarregra
A função desta equipe que é composta por sete pessoas é trocar os cenários dos palcos durante a peça. “O palco um é a casa de Maria, passadas algumas cenas ele se torna a Santa Ceia, depois é a flagelação”, explica o coordenador Vendelino Erthal.

O trabalho é realizado em tempo cronometrado. A equipe também conta com o apoio da equipe de cenografia no dia da apresentação.

Para mover o palco com rapidez, é feito um estudo e um planejamento para que tudo dê certo no dia. “Cada pessoa sabe o que ela tem que levar e o que ela tem que trazer”, enfatiza.

Foto: Eliz Haacke

Segundo ele, os voluntários precisam saber o teatro de cor, pois no dia estará tudo escuro para que eles saibam exatamente o que buscar e levar. A equipe faz preparação com antecedência para que essa parte seja colocada em prática a partir do primeiro ensaio.

Quem compõe a equipe e a foto acima (da esquerda para direita) são Méroli Habitzreuter, Guilherme Zen, Marina Carminatti Zen, Rodrigo Lauritzen, Jonathan Luiz Wippel, Ângelo Molinari, Vendelino Erthal e Caciano Kormann. Também faz parte da equipe Rhael Kohler, mas ele não estava presente no dia da foto.

Luz e som
Arisson e Derlan Rodrei Kohler são os responsáveis pela iluminação, gravação em estúdio e sonorização do teatro. Em setembro eles começam a gravar as falas dos personagens e a partir de janeiro editam os áudios e adicionam a trilha sonora.

A parte de estrutura do som e luz é definida conforme a necessidade identificada nos ensaios. “Esse ano teremos o som ainda mais distribuído. Trabalhamos com o som tridimensional para que o pessoal se sinta dentro da peça”, explica Derlan.

Foto: Eliz Haacke

Segundo ele, os detalhes para definição da iluminação da peça levaram mais de um mês. A montagem da estrutura começou na terça-feira, 9, e foi finalizada na sexta-feira, 12.

“Só ensaiávamos com som e luz na quarta-feira durante o ensaio geral. Como muita gente é amadora e teve gente que nunca subiu no palco com uma luz na cara, esse ano resolvemos fazer esse teste no último ensaio de domingo para eles subirem acostumados com essa parte de luz”, revela.

Nos dias da peça, seis a sete técnicos trabalham nessa equipe, mas para montagem de toda estrutura, Kohler garante que são mais de dez pessoas.

Maquiagem e cabelo
A equipe de maquiagem é constituída por 20 pessoas que trabalham de quatro a cinco horas nos dias das apresentações. Elas são responsáveis por maquiar todos os atores da peça. Conforme a coordenadora Andrea Haacke, o tempo de cada maquiagem depende do personagem.

A quarta-feira é o dia mais complicado, pois muitas pessoas trabalham durante o dia e só depois vão para o Salão São Cristóvão para maquiar os atores. Como Sexta-Feira Santa é feriado e as pessoas não trabalham, elas começam a maquiar a partir das 14h.

“Sexta-feira é o melhor dia para nós maquiarmos porque todo mundo está à nossa disposição”, revela.

Foto: Eliz Haacke

A equipe faz diversas pesquisas ao longo do ano para produzir as maquiagens nos personagens. Elas também buscam referência conforme o que será apresentado naquela edição.

Na foto estão Liliane Debatin Kohler, Maria Eduarda Schlindwein e Andréa Debatin Haacke. Além delas, também participam Tatiana Marcella Gums, Betina Gonçalves de Oliveira Benvenuti, Giorgia Luiza Kohler, Larissa Thaise Schaefer, Tamara Mannrich, Crisleine Carminatti Habitzreuter , Samara Carminatti Burigo, Laís Cristina Haag Nunes, Aline Beatriz Haag, Josete Maria, Briana Carla Mannrich, Monique Kormann, Lucimar Nunes Dellagnelo, Ana Lia Tridapalli e Raquel Cavichioli.

Maquiagem artística
Esta equipe cuida exclusivamente dos personagens que fazem Jesus. Como ele é flagelado no palco, a maquiagem artística produz ferimentos falsos na pele dos atores. As voluntárias precisam correr contra o tempo para produzir cada um dos atores.

O trabalho dessa equipe é desenvolvido com a evolução dos ensaios. Os materiais como maquiagem e perucas são comprados antes.

“Conforme passa cada ensaio a gente sabe o tempo que a gente tem para desenvolver cada maquiagem e para tentar fazer todos os Jesus na hora certa”, explica a coordenadora Vanessa Dietrich Carminati.

Foto: Eliz Haacke

Como são cinco Jesus adultos, se um recebe uma batida na cabeça em uma cena, o próximo ator que entrar no lugar deve ter a marca da batida no mesmo local.

Devido à experiência adquirida nos últimos anos, Vanessa afirma que a equipe já sabe o que deve ser feito. Segundo ela, o espaço entre uma cena e outra é o tempo que as voluntárias têm para desenvolver as maquiagens.

Quem integra a equipe, da esquerda para direita, são Sabrina Hodecker Carminati, Sabrina Keller Valentim, Catia Benvenutti Kormann, Ana Luiza Carminati e Vanessa Dietrich Carminati.

Coreografia
A coreografia da peça foi idealizada por Neide Mattioli Schumacher. As primeiras conversas com a diretora para definir os detalhes da peça acontecem desde janeiro, mas os ensaios ocorrem há dois meses e são realizados na quinta-feira e sábado. As 66 bailarinas interpretam uma dança que representa o anúncio do nascimento de Jesus, no início da peça.

“Eu pensei em anjos porque é o que representa esse momento glorioso. A minha intenção é que o palco seja tomado por anjos”, explica o coordenadora.

Foto: Arquivo pessoal

Dois estúdios de dança participam desse projeto, o Studio de Dança Annas, de Brusque, e o Studio Maiara Eleutério, de Guabiruba. Conforme a coordenadora, nos dias do ensaio, um ônibus passa para buscar as meninas. O grupo conta com meninas a partir de dez anos, que são os anjinhos da peça.

As meninas que serão os anjos usam asas feitas com tecido e madeira, alcançando até três metros de largura. Já os anjinhos entram saudando Jesus com lencinhos brancos.

Bem estar
Com mais de 400 voluntários, a diretoria da AACSP criou a equipe de Bem Estar que é responsável pela alimentação nos dias do ensaio e nas apresentações, além da parte de limpeza do salão.

Hoje, quem compõe a equipe é Isaias Trindade, Zelir Trindade Mafra, Dalvan Alflen, Luciana Dirshnabel Schlindwein, Cristian Vanderlinde, Aparecida Ponticeli Schlindwein e Ivan Artur Schlindwein.

Existe um cardápio para cada dia do ensaio, tudo é elaborado conforme o orçamento da associação. No último domingo antes da peça, a equipe prepara uma refeição mais reforçada pois nesse dia os atores ensaiam duas vezes.

Foto: Eliz Haacke

Aflen, que é o coordenador da equipe, afirma que hoje a associação fornece frutas, pães e sanduíche. “Deixamos alguns sanduíches só com queijo ou só com presunto para atender o pessoal que também tem uma alimentação diferente”, explica.

Além disso, durante os ensaios, a equipe também vende alguns salgadinhos e refrigerantes na cantina do salão. Conforme o coordenador, esse espaço é destinado para os atores que estão com tempo ocioso e querem comer algo diferente.

Figurino
A equipe de figurino começa a trabalhar a partir do momento que o roteiro é entregue. Elas conversaram com a diretora para identificar os personagens da peça e entender o que Rejane gostaria de passar com a vestimenta.

Depois disso, elas conferem as peças do acervo para personalizar algumas e ver o que precisa ser confeccionado. “Começamos essa parte meio ano antes da apresentação”, explica a coordenadora Camila Schlindwein.

Ao todo, cinco pessoas participam da equipe, são ela, na ordem da foto (da esquerda para direita) Camila, Solange Nascimento, Iria Eble Habitzreuter, Daiana Schlindwein, Eliane Schaefer.

Foto: Eliz Haacke

Os trajes são entregues aos atores uma semana antes da apresentação. As voluntárias começam pelas vestimentas mais básicas pois no dia as pessoas chegam vestidas, o que acaba agilizando o processo.

Já os figurinos mais delicados ficam no Salão São Cristóvão e o ator se veste um pouco antes da apresentação. Como na última edição da peça grande parte do figurino foi renovado, para este ano foram feitas as roupas das damas da corte, algumas melhorias nas roupas dos soldados e nas roupas de Jesus.

Direção e criação
Nesta edição, Marcelo Carminatti, que nos anos anteriores escreveu e dirigiu a peça, foi responsável por fazer o roteiro. Ele foi questionado pela associação sobre a preferência, pois ele também atua na peça dando vida a Herodes Antipas, que é filho de Herodes.

A direção da peça ficou com Rejane Habitzreuter Schlindwein. Ela e Carminatti trabalharam juntos para criar o roteiro, porém foi o dramaturgo quem assinou o texto.

Foto: Arquivo pessoal

O trabalho foi realizado desta forma para que ambos pudessem contribuir com ideias. Além disso, na hora de ensaiar a peça, Rejane saberia exatamente o que Carminatti pretendia com a cena. O texto começou a ser produzido em agosto de 2017, logo após as apresentações da 21ª edição da peça. Em setembro do mesmo ano, ela foi escolhida para função.

Capela
Entre as novidades desta edição, este ano foi construída uma capela para que todos os participantes possam ter um local para refletir e orar antes de entrarem em cena. O espaço é aberta para todos os voluntários.

“Tem música, tem momento de oração, momento de silêncio para reflexão. Essa é a ideia, que a gente fique em constante oração”, explica Rosilene Kohler, uma das coordenadoras.

O ambiente foi montado na parte superior do salão e conta com várias almofadas, tapetes e um pequeno altar. Uma pessoa do grupo toca violão e juntos todos cantam canções gospel.

Foto: Eliz Haacke

Na foto da equipe estão, da esquerda para direita, atrás, Adrian Alex Felimberti, Marlene Dirschnabel, Daniele Schnorrenberger, Jackson Roberto Vanderlinde; e a frente, Angelina Mota Sutil Chaves, Iraci de Souza Mendes, Manuela Kohler, Franciane Schaefer Fischer e Rosilene. Ingrid Dirschnabel Kohler e Alice Iaraceski também fazem parte da equipe, mas não estão na foto.

Comunicação
Quem presta assessoria do teatro é a Ideia Comunicação Corporativa, empresa de assessoria constituída por Taiana Steffen Eberle, Carina Machado, Guédria Motta e Ana Roberta Ventureli. As jornalistas têm a função de divulgar a peça e fazer o meio de campo com a imprensa.

Elas assessoram o espetáculo desde 2015 mas já conheciam e assistiam a peça há alguns anos. “É uma satisfação enorme assessorar esse espetáculo”, explica Carina. “Quando veio o convite para assessorarmos foi uma grande oportunidade”, complementa.

Foto: Arquivo pessoal

Um dos objetivos do trabalho delas é fazer também a divulgação em nível estadual do evento. Segundo Carina, elas começam a trabalhar na divulgação e assessoria da peça um ano antes da estreia.

Para elas é muito importante poder viver dentro de um espetáculo que movimenta tantas pessoas e que pode alcançar um público em nível nacional.

Associação
A Associação Artística Cultural São Pedro é a responsável por organizar o teatro. Fundada em 1991, a diretoria também realiza eventos que envolvem a cultura italiana e alemã na cidade como o Alle Tanzen Zusammen, Tutti Buona Gente e a Maibaum.

Os integrantes da AACSP, que aparecem da foto da esquerda para direita, são Luan Pinho, Ivan Boos, Isaias Trindade, Ivan Schlindwein, Guilherme Zen, Bruna Eli Ebele, Marcelo do Nascimento, Marina Carminati Zen, Ederson Schlindwein, Edinei Lana. Além deles, também participam Dalvan Alflen e Marcelo Gums.

Foto: Arquivo AACSP

Para Nascimento, presidente da associação, a AACSP tem o objetivo de fomentar a questão cultural no município.

Luan também é responsável pelos ingressos do espetáculo, junto com Oscar Junsek. A produção dos ingressos é feita em Blumenau e esse trabalho leva aproximadamente cinco dias para ficar pronto. Cada dia do espetáculo tem 4,5 mil ingressos disponibilizados.

Foram criados 16 pontos de venda, tanto em Guabiruba quanto em Brusque e região, e mais da metade foi vendida pelos atores que compõem o elenco.

Serviço
A 22ª edição da peça Paixão e Morte de um Homem Livre estreia nesta Quinta-Feira Santa, 18, com reapresentação na Sexta-Feira Santa, 19. No primeiro dia o teatro começa às 21h e no segundo às 19h30. O espetáculo é encenado no pátio da igreja São Cristóvão, no bairro Aymoré, em Guabiruba. A entrada inteira custa R$ 10 e a meia R$ 5. No entanto, os ingressos para o dia 19 já estão esgotados

Pontos de venda em Guabiruba:
– Supermercado Rothermel (Guabiruba Sul)
– Mercado Bom Dia (Lageado Baixo)
– Mercado Baron (rua São Pedro)
– Supermercado Kohler
– Fundação Cultural
– Secretaria da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Pontos de venda em Brusque:
– Secretaria da Paróquia São Luis Gonzaga
– Loja WJ (Centro)
– Lojas da rede do Supermercados Carol de Guabiruba, Brusque, Nova Trento, Blumenau, Gaspar