Vitor Souza/O Município

O Sistema Único de Saúde fornece diversos métodos contraceptivos para quem deseja escolher o melhor momento para ter um filho ou para se prevenir de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), HIV e hepatites virais. O serviço disponibiliza métodos contraceptivos hormonais (de uso oral e injetável), de barreira (preservativos), DIU (dispositivo intrauterino) e a laqueadura, método de esterilização definitivo.

Hoje, a Secretaria de Saúde de Brusque disponibiliza todos esses contraceptivos, que integram o “planejamento reprodutivo”, que é um conjunto de ações que auxiliam homens e mulheres a planejar a chegada dos filhos e a evitar a gravidez indesejada.

De acordo com a coordenadora da Clínica da Mulher, Thaisi da Cunha, para ter o acesso ao planejamento reprodutivo ou aos métodos contraceptivos disponibilizados, as mulheres interessadas podem procurar a UBS do seu bairro e agendar uma consulta com o médico ou enfermeiro. Entretanto, os únicos contraceptivos que não necessitam de consulta médica para serem adquiridos são os preservativos. Basta ir até uma unidade de saúde e adquiri-los.

Anticoncepcionais injetáveis

Os anticoncepcionais injetáveis também podem ser adquiridos via SUS. Eles podem valer por um ou três meses, a depender de qual o paciente irá utilizar.

O injetável mensal contém um éster de estrogênio natural, o estradiol, e um progestogênio sintético. Já o injetável trimestral contém apenas progestogênio.

O injetável trimestral inibe a ovulação e aumenta a viscosidade do muco cervical dificultando a passagem dos espermatozoides. O injetável combinado (mensal) também inibe a ovulação e torna o muco cervical espesso, impedindo a passagem dos espermatozoides.

Contraceptivos injetáveis. Injetável mensal (à esq.) e trimestral (à dir.) | Divulgação

Minipílula

As minipílulas são comprimidos que contêm apenas progestogênio, que promove o espessamento do muco cervical, dificultando a penetração dos espermatozoides, e inibe a ovulação em aproximadamente metade dos ciclos menstruais. As minipílulas são de uso diário. Hoje o SUS a fornece por meio da noretisterona.

Vitor Souza/O Município

Pílula combinada

As pílulas contraceptivas combinadas são um medicamento de uso diário que contém os hormônios estrogênio e progestogênio para evitar a gravidez. Com esses compostos, o SUS fornece o Etinilestradiol 0,03 mg + Levonorgestrel 0,15 mg através de uma cartela de comprimidos.

As pílulas combinadas atuam basicamente por meio da inibição da ovulação, além de provocar alterações nas características físico-químicas do endométrio, tecido interno do útero, e do muco cervical.

Pílula combinada | Vitor Souza/O Município

Pílula de emergência

Conhecida como pílula do dia seguinte, é utilizada de forma emergencial. Ela consiste em um comprimido composto por um tipo de progesterona sintética. Geralmente é utilizado após uma relação sexual desprotegida ou quando há a suspeita de falha em outro método contraceptivo utilizado. A pílula não deve ser utilizada como um método anticoncepcional de rotina.

Pílula do dia seguinte | Vitor Souza/O Município

DIU

O dispositivo intrauterino de cobre, ou DIU, como é conhecido, é ofertado pelo SUS e pode ser adquirido após consulta médica ou de enfermagem com indicação do método. A mulher interessada será orientada sobre a inserção. O DIU é um dispositivo de barreira, em formato de “T”, revestido por um aro, esse aro é tóxico para o óvulo e para os espermatozoides, mas não faz mal à saúde.

Diu de cobre que o SUS disponibiliza | Vitor Souza/O Município

Preservativo feminino

Os preservativos masculinos e femininos são disponibilizados em todas as UBS e em alguns setores de especialidade como na Clínica da Mulher. Os preservativos são os únicos métodos contraceptivos que previnem a transmissão de doenças e infecções sexualmente transmissíveis.

O preservativo feminino é formado por dois anéis, um menor e outro maior, o anel menor deve ser apertado no meio para que possa ser inserido na vagina, a argola maior fica para o lado de fora, cobrindo a vulva, assim garantindo melhor proteção.

Preservativo feminino disponibilizado no SUS | Vitor Souza/O Município

Laqueadura

A laqueadura é um processo cirúrgico feito com objetivo contraceptivo, que impede que a mulher engravide novamente. O objetivo é evitar o contato do espermatozoide com o óvulo, que acontece nas trompas, para impedir a fecundação e, consequentemente, a gestação. A mulher interessada no processo pode buscar o atendimento inicial na UBS.

Há possibilidade de realizar a reversão da laqueadura com técnicas de reprodução assistida, no entanto, o sucesso do procedimento depende de fatores como a preservação das tubas e a condição de saúde das trompas.

Como pré-requisitos para a laqueadura, a mulher deve ter, no mínimo, dois filhos vivos ou 21 anos (não há limite de idade para mulheres que já tenham ao menos dois filhos). Essas restrições foram diminuídas em setembro de 2022, onde, para a submissão da laqueadura, mulheres deveriam ter pelo menos 25 e o aval do cônjuge para a realização do procedimento.

Após se consultar na UBS, à paciente serão apresentadas as opções de métodos contraceptivos disponíveis para a escolha (métodos já citados na matéria) com a finalidade de que a decisão de fazer a laqueadura seja pensada com cautela.


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Além do bergamasco: dialeto da região do Tirol, na Itália, ainda é falado em Botuverá: