Conheça perfil dos atendimentos na UTI neonatal do Hospital Azambuja
Inaugurada há poucos meses, estrutura já realizou mais de 120 atendimentos
Um local essencial para a sobrevivência e atendimento dos casos mais preocupantes de recém-nascidos é a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Com pouco mais de quatro meses de funcionamento, o Hospital Azambuja, em Brusque, atendeu 126 bebês – até setembro. Deste público, 60 precisaram ser internadas para receber os cuidados intensivos por mais tempo.
O perfil de atendimento neste período foi de bebês recém-nascidos prematuros e até os 28 dias de vida. Eles são destinados para UTI por necessitarem de uma vigilância clínica. Os atendimentos mais comuns são a prematuridade, desconforto respiratório, apneia neonatal, enterocolite, pós operatório, entre outros.
A média de internação dos pacientes na UTI é de 10 dias, mas há casos de bebês que ficam de dois a três meses no local, conforme explica o coordenador e médico neonatologista da UTI neonatal, Marcelo Fernando do Nascimento.
Estrutura especializada
O médico aponta que a principal diferença entre a estrutura destinada aos recém-nascidos e uma UTI convencional ou pediátrica é o tipo de paciente. “Precisamos de equipamentos diferentes, incubadoras, pessoal altamente especializado, equipe multidisciplinar com neonatologista, enfermagem, fisioterapia e fonoaudiologia. Na UTI Pediátrica se atende a partir de um mês de vida”. A equipe é formada por aproximadamente 40 profissionais.
A coordenadora de enfermagem da UTI neonatal, Bruna Cristina Sgrott, afirma que o local tem o objetivo de proporcionar o tratamento de casos clínicos mais severos e monitorar com precisão situações mais graves, além de garantir os cuidados necessários para a sobrevida dos bebês prematuros.
De acordo com o neonatologista, a estrutura é para melhorar a sobrevivência de bebês prematuros com qualidade de vida. “Nascer prematuro em um local sem UTI piora muito a mortalidade e morbidade”, aponta. Segundo ele, antes da estrutura ser inaugurada no fim de junho, casos que necessitavam da internação eram transferidos para outras unidades.
“A estrutura, embora provisória, tem se mostrado excelente. Temos 10 leitos com uma taxa de ocupação em torno de 90%”, aponta o médico.
O profissional ainda afirma que a taxa de ocupação se mantém estável, sendo que em alguns momentos já alcançou os 100%.
No momento não há espaço físico para ampliação do setor, conforme aponta o médico coordenador da estrutura. No entanto, a possibilidade não é descartada, mas diz que o assunto pode ser debatido após a conclusão da nova torre do hospital.
Detalhes do espaço
Conforme a matéria divulgada pelo jornal O Município na inauguração do espaço, a UTI conta com dez leitos que funcionam para atender recém-nascidos e bebês até seis meses pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Toda a estrutura da UTI neonatal foi montada em 30 dias, após a Secretaria de Estado da Saúde confirmar o repasse de recursos. O custeio para a operação da UTI neonatal será feito pelo estado até dezembro, com o total de R$ 5 milhões. Todos os equipamentos utilizados na UTI foram comprados por meio de emenda de R$ 2,7 milhões repassada por Serafim Venzon, durante seu último ano de mandato como deputado estadual.
A UTI neonatal foi instalada próximo à UTI geral adulto, mas no futuro, será transferida para a nova torre que será construída pelo hospital.
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