X
X

Buscar

Brenda Pereira

Conheça quatro paratletas que participaram da Paracopa Sesc, em Brusque

Evento segue até neste domingo

A Paracopa Sesc movimentou o Sesc de Brusque durante esta semana. O evento iniciou na quarta-feira, 25, e segue até neste domingo 26. A programação incluiu palestras e workshops.

A manhã deste sábado, 28, estava agitada com jogos de várias modalidades na agenda. Às 8h30 teve continuidade a 13ª Copa SC de Basquete em Cadeira de Rodas, na Arena Brusque.

Foto: Brenda Pereira

No Sesc ocorreu o torneio de futebol society para deficientes auditivos, assim como vôlei de areia, e também festival de xadrez para deficientes visuais.

A programação segue neste sábado com encontro artístico-cultural de integração da Paracopa Sesc às 14h30. Neste domingo, 29, a partir das 8h30 acontece a final da copa de basquete, na Arena Brusque.

O evento além de promover a prática esportiva, também é um momento de diversão e integração entre os paratletas.

O gasparense Marcio Allegri, 34 anos, é paratleta do basquete em cadeira de rodas no time de Brusque. No jogo contra o time de Florianópolis nesta sexta-feira, 27, ele foi o cestinha da partida, o que significa que foi o maior pontuador da equipe.
Marcio começou a jogar ainda quando criança. Mesmo depois de sofrer um acidente em 2007 e ter a perna direita amputada, ele continuou jogando, mas desta vez no paraesporte.
Para ele, o esporte é integração e quando está na quadra é bastante focado. “Tem que jogar”, diz. O jogador está acostumado com a participação na Paracopa, já que participa há bastante tempo, mas considera que pra muitas pessoas é um evento que muda a rotina e estimula a prática esportiva.
Marcio relata que são poucos os treinos do time brusquense. Por isso, procura jogar em grupos de Gaspar para treinar.
No xadrez para deficientes visuais, Lucimara Zaluscky Galinski Pavesi, 39, e Sidinei Pavesi, 41, são o destaque. Eles sempre representam Brusque no ParaJasc.
Foto: Brenda Pereira
 Durante a Paracopa Sesc, eles ensinam crianças e deficientes visuais a jogarem xadrez. Sidinei explica que as competições não são feitas no evento por conta do barulho, que atrapalha a concentração.
Sidinei joga há mais de 22 anos e foi ele quem ensinou Lucimara a jogar. “O xadrez é um jogo que estimula a parte cognitiva. É um jogo que força o raciocínio”, explica Lucimara. Sidnei complementa que a prática auxilia na concentração e na coordenação motora dos deficientes visuais. Dessa forma, a atividade ajuda na prática de atividades cotidianas.

O tabuleiro é adaptado para que os jogadores identifiquem as peças e casas brancas e pretas. Além disso, como o jogador precisa sentir o jogo com as mãos, cada um tem o seu próprio tabuleiro. Por isso, cada movimento é falado para que o outro possa modificar e pensar na próxima jogada.

 Eles sempre participaram da Paracopa Sesc e comentam que o evento é muito bom para ensinar o xadrez para os deficientes visuais como para outras pessoas.
O paratleta brusquense André Roberto Fachini, 28, joga futebol desde criança. Ele começou a jogar na escolinha e mais tarde começou a jogar com amigos deficientes auditivos.
Quando ele tinha dois anos, descobriu que tinha uma doença no aparelho auditivo. Toda a entrevista foi feita sem a ajuda de intérprete, já que com a ajuda de um aparelho ele consegue ouvir.
André, além de ser jogador, é vice-presidente da Associação dos Surdos de Brusque (Asbru). Ele conta que gosta da Paracopa Sesc porque é uma forma de integração.
Foto: Brenda Pereira