Conheça quatro projetos da Feira Regional de Matemática e Ciência e Tecnologia, em Brusque
Alunos de diversas escolas da região apresentaram seus projetos
Alunos de diversas escolas da região apresentaram seus projetos
A 22ª Feira Regional de Matemática e a 10ª Feira de Ciência e Tecnologia, que ocorreram durante esta sexta-feira, 30, na Escola de Educação Básica João XXIII, em Brusque, reuniram cerca de 200 alunos apresentando projetos desenvolvidos nas escolas da região.
Os projetos foram avaliados e os classificados vão representar a regional na feira estadual em Campos Novos no mês de outubro.
“A maior importância é a integração e a troca de experiências. Isso não tem preço”, diz a integradora educacional da Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Solange Zancanaro.
Conheça alguns projetos apresentados pelos alunos.
Os alunos Gustavo Martins Burin, 10 anos, e Heloisa Belz Azevedo, 10, apresentaram o projeto desenvolvido pela turma do 4º ano do ensino fundamental da escola João XXIII, intitulado “Entrelaçando a história com a matemática”.
O professor de matemática, Ronaldo Kreusch, uniu o tema que os alunos aprendem em história neste período da escola, que é a história da cidade, com a matemática.
A turma conheceu a produção têxtil e aprendeu matemática por meio de contas de produtividade, para saber quantas peças era possível produzir em determinado tempo e quantas passadas eram necessárias para produzir um pedaço de tecido.
Depois, eles aprenderam sobre as unidades de medidas por meio da produção de suas próprias peças. As crianças produziram um tear de papelão e cada aluno ficou responsável de fazer um quadrado, com fios de lã, que depois de unidos resultaram em uma colcha.
Gustavo e Heloisa adoraram a atividade. Eles gostam de matemática, mas contam que foi bem mais fácil aprender dessa forma.
Patric Roberti, 14, e Daniel Mafra, 14, são alunos do 9º da Escola de Educação Básica Bartolomeu da Silva, de Canelinha. Eles desenvolveram um protótipo de casa sustentável.
O modelo foi construído na disciplina de Ciências, com materiais reaproveitados. A casa tem sistema de aquecimento por meio de energia solar, reaproveitamento da água da chuva para serviços externos e descarga, fossa de bananeira, para tratar o esgoto de forma ecológica, área de compostagem, utilização de madeira de reflorestamento na construção e telhado de polietileno reaproveitado. Além disso, o piso é de linóleo, feito com óleo de linhaça.
Os alunos explicam que dessa forma a casa reduz a poluição e não prejudica o meio ambiente. Conforme Daniel, a fossa de bananeira devolve o líquido da fossa 99% mais limpo à natureza.
Se construída, uma casa de 60 metros quadrados, mobiliada e equipada com todos esses recursos ecológicos teria um custo de R$ 80 a R$ 100 mil.
O sistema de irrigação inteligente foi desenvolvido pelos alunos do 2º ano do ensino médio da escola Yvonne Olinger Appel, de Brusque.
Os estudantes Luis Eduardo Klabunde, 17, Amanda Fática Dalla, 17, Carolina Klabunde, 16, e Camilly Fuckner, 16, criaram o sistema em cerca de dois meses.
O projeto consiste em um irrigador que contém um sensor para recolher dados das plantas e molhá-las somente quando necessário. Se a planta estiver molhada, o irrigador não é ativado. Quando a terra estiver seca, o sensor ativa o irrigador que molha a planta na quantidade certa.
Além disso, o sistema tem um reservatório de água que pode reaproveitar água da chuva. Amanda enfatiza que essa é uma boa forma de economizar água.
O trabalho foi desenvolvido na disciplina de física. Os alunos dizem que dessa forma puderam aprender mais e relacionar o que já aprenderam com a produção do sistema.
Os alunos do 3º ano do ensino médio inovador da escola Yvonne Olinger Appel, de Brusque, criaram um trabalho tecnológico para auxiliar no ensino da disciplina de química. Os alunos Breno Lucas da Silva 17, Ana Maria Ronczkovski, 16, e Daniela Rubik, 18, representaram a turma na apresentação na feira.
Por meio de uma pesquisa, eles identificaram entre os alunos que química é uma das matérias mais difíceis do terceiro ano. Então apresentaram a proposta aos professores, que gostaram bastante da ideia.
O projeto consiste na apresentação de moléculas por meio da tecnologia de realidade aumentada. O objetivo é ajudar os alunos a entenderem melhor os assuntos. “Se torna muito mais fácil vendo”, explica Ana.
Eles desenvolveram todo o projeto com a ajuda de aplicativos e softwares, para transformar as imagens em 3D. Aproximando a câmera do celular em um QR Code, é possível visualizar a molécula em 3D.