Conselho de ética do PMDB julgará pedido de expulsão de Celio de Souza
Representação contra ele e contra o vereador Manico foi acatada pela Executiva do partido
O presidente do PMDB municipal, Danilo Rezini, informou ontem que a Executiva do partido acatou representação formulada por filiados da agremiação contra os vereadores Celio de Souza (suplente) e Joaquim Costa, o Manico (titular licenciado).
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A representação se deu pelo fato de que Celio votou contra a candidatura do partido na eleição indireta realizada no último domingo, 5, no qual Rezini, candidato a vice, foi derrotado junto a Roberto Prudêncio Neto (PSD), candidato a prefeito.
Durante o voto, Celio informou ter seguido recomendação do vereador Manico, que é o titular do mandato, e por isso é que ambos foram denunciados à Executiva do partido, por descumprimento de acordo firmado em convenção partidária.
Rezini informou que a representação veio de dois filiados do PMDB, na qual há dois pedidos distintos. Inicialmente, pede-se a suspensão de Celio e Manico das atividades partidárias por 60 dias, a fim de que sejam apuradas as denúncias contra eles.
A representação pede ainda a expulsão de Celio do PMDB, já que foi ele o detentor do chamado voto da traição, dado à candidatura vencedora de José Luiz Cunha, o Bóca, à Prefeitura de Brusque.
Ambos haviam sido voto vencido na convenção partidária realizada em março de 2015, que culminou na adesão do PMDB à candidatura de Prudêncio, com indicação do vice na chapa.
“A representação nos pediu que tomássemos providências quanto à atitude totalmente irresponsável do Celio, e também sobre a posição do Manico”, afirma o presidente do PMDB.
A representação foi recebida no dia 7 deste mês e, na quarta-feira, 9, foi colocada em votação, tendo sido aprovado o encaminhamento ao Conselho de Ética, que a partir de agora passa a analisar o caso.
O Conselho avaliará se os pedidos são cabíveis, o que o presidente do PMDB afirma ser provável, “diante da gravidade dos fatos”.
O que dizem os vereadores
Manico afirma que já tomou conhecimento da representação, mas por ora prefere não comentá-la. Ele e Celio solicitaram a correligionários que fossem a Florianópolis para audiência com o deputado federal Mauro Mariani, presidente estadual do PMDB, a fim de que se traga informações sobre a posição da Executiva estadual a respeito da decisão de votar em favor de Bóca. Eles pretendem recorrer da decisão que acatou a representação. Celio se diz tranquilo à respeito do seu andamento, justamente porque, segundo afirma, a Executiva estadual é que detém a última palavra sobre o caso. Ele afirma que está no PMDB há 30 anos e não tem o menor interesse em deixá-lo.