Conselho do Patrimônio Histórico decide a favor da demolição da Italianinha
Membros deixaram claro que parecer levou em conta várias medidas compensatórias
O Conselho de Patrimônio Histórico e Artístico (Comupa) de Brusque decidiu favoravelmente pela demolição do prédio onde funciona a pizzaria A Italianinha. A reunião que definiu o processo ocorreu nesta terça-feira, 20, à tarde, no salão nobre.
A reunião foi comandada pela conselheira Carolina Meireles, eleita no mesmo encontro como presidente. A antiga presidente, Alexssandra Fidelis, renunciou à presidência em dezembro.
Na reunião, a Havan enviou a documentação relativa à solicitação de demolição do prédio. A justificativa principal é que o edifício precisa ir abaixo para dar espaço para modificações no trânsito, que será impactado pela construção da Vila Schlösser.
A Havan teve de pedir autorização ao Comupa para a demolição porque o prédio faz parte do catálogo do patrimônio histórico do município. Os conselheiros analisaram os argumentos e decidiram a favor da demolição.
O conselho também levou em conta que a Secretaria de Trânsito e Mobilidade (Setram) deu parecer favorável ao projeto de trânsito apresentado pela Havan. O próximo passo é a assinatura de um Termo de Acordo de Conduta. Depois, a prefeitura expedirá o alvará de demolição. Não existe prazo para isso até o momento.
Tiro de Guerra
A Havan também propôs a reforma do Tiro de Guerra 05-005 como parte da compensação pela destruição do prédio da pizzaria. A rede de lojas justificou que o edifício precisa de melhorias e que o Exército chegou a cogitar fechar a unidade no município por esse motivo.
Os reparos serão feitos conforme projeto de engenharia elaborado pelo Departamento Geral de Infraestrutura (DGI). De acordo com o informado na reunião, o custo da reforma do TG será de R$ 131 mil.
Compensação
Carolina destaca que o Comupa irá divulgar um documento oficial com toda a justificativa para a autorização da demolição. Ela ressalta que não é apenas a reforma do Tiro de Guerra. A Havan também assumiu outros compromissos.
Os conselheiros também esclareceram durante a reunião que a lei que rege o patrimônio histórico dá diretrizes gerais. Mas não é porque uma demolição foi aprovada que a outra também o será. Tudo depende de análises técnicas e cada situação requer um tipo de cuidado.