Construção civil lidera criação de emprego de Brusque em julho; confira dados
Todos os setores tiveram aumento de postos de trabalho no período
Todos os setores tiveram aumento de postos de trabalho no período
Pela primeira vez desde março, em julho, Brusque registrou crescimento do número de vagas de emprego – no total, foram 176 postos de trabalho criados no período. Em março, abril e maio, a cidade fechou com diminuição de vagas, de 12, 143 e 100, respectivamente. Em relação ao mesmo mês de 2022, quando foram 248 vagas criadas, porém, o número foi pior. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Por outro lado, todos os setores registraram aumento no número de vagas em Brusque em julho deste ano. O melhor saldo foi o da construção civil (62), seguido do comércio (58) e da indústria (34).
Izaias Otaviano, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e região (Sintricomb), vê que o mercado no setor de construção civil está aquecido já há algum tempo e que falta mão de obra em alguns casos.
“Aqui no sindicato, medimos isso pela procura. Quando tem pouca procura aqui, é porque está faltando mão de obra. Temos notado que não tem muita procura de pessoas, mas sim empresas que entram em contato para que a gente possa indicar para os trabalhadores. Está sobrando vaga. Algumas empresas estão deixando de pegar alguns trabalhos por falta de mão de obra. O mercado está aquecido”.
“Sabemos que, se tivesse mais 50 trabalhadores hoje, estariam empregados. Às vezes falta qualificação e treinamento, mas temos vagas”, completa.
A previsão de Izaias é que o momento positivo se estenda para o restante do ano. “Para o segundo semestre, com o aumento da margem do Minha Casa, Minha Vida, a tendência é só aumentar. A gente avalia o cenário como positivo”.
O presidente do Sinduscon destaca que as especificidades do setor são um desafio para preencher todas as vagas em aberto.
“A qualificação é um grande desafio para a gente. A mão de obra da construção civil é migratória, muitos vêm de outros estados ou municípios. E o nosso setor é a primeira oportunidade. Avaliamos que precisamos ter um esforço para qualificar pedreiros, carpinteiros, eletricistas, encanadores”.
Ele explica que uma das medidas que está sendo tomada é a criação de parcerias com entidades. “Fizemos uma parceria com a prefeitura e agora estamos alinhando com o Senai. O sindicato não consegue sozinho, mas as parcerias têm dado resultado. Entendemos isso como uma necessidade”, reforça.
Presidente do Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário de Brusque (Sinduscon), Ralf Maschio comentou os resultados positivos de geração de emprego do setor em julho. Ele lembra que houve um déficit no mês anterior, o que significa que há uma reposição, mas reforça que o saldo positivo é muito importante para o setor.
Ralf acredita que o setor está ganhando força e prevê resultados melhores para a reta final de 2023 e início de 2024. “Algumas medidas do governo federal vem a somar, como os investimentos anunciados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que vão trazer mais de R$ 60 bilhões para a cadeira produtiva, o alinhamento de informações que faltavam do Minha Casa, Minha Vida, e, principalmente a queda da taxa de juros, que vinha travando bastante nosso setor. Esperamos que siga caindo”, destacou
Baiana teve sua carteira assinada pela primeira vez em Brusque aos 34 anos: