Construtoras realizam compras coletivas para baratear custos

Iniciativa ajuda a gerar economia às empresas e atrair interesses em participar de núcleo setorial da associação

Construtoras realizam compras coletivas para baratear custos

Iniciativa ajuda a gerar economia às empresas e atrair interesses em participar de núcleo setorial da associação

Desde a sua criação, há cerca de dois anos, o Núcleo de Construtoras da Associação Empresarial de Brusque (Acibr) já realizou duas compras coletivas. A ação propicia melhores preços e mais condições de barganha no momento das negociações.

A compra coletiva já foi realizada em duas oportunidades no Núcleo de Construtoras, informa a consultora de núcleos da Acibr, Rose Debatin Civinski. Este é um exemplo prático da utilidade de um núcleo, que tem mais usos além das discussões, painéis e reuniões. E foi durante um destes encontros que surgiu a ideia de realizar uma compra coletiva. “O pessoal fala o que precisa nas reuniões e, se tem mais gente precisando do mesmo, são chamados os fornecedores”, explica Rose.

A primeira aquisição foi de elevadores para edifícios. O coordenador do núcleo, Valter Orlandi, diz que é muito vantajoso para a atividade empresarial este tipo de negociação. “Conseguimos com estas compras melhores preços e prazos. Por que quando a gente negocia volumes maiores conseguimos barganhas melhores, então em vez de comprar duas ou três unidades cada empresa, você compra mais. Em vez de negociar R$ 100 ou R$ 200 mil, negocia-se R$ 2 milhões”, diz Orlandi.
Os elevadores foram negociados com a Atlas Schindler e devem ser entregues em breve, segundo o coordenador. O custo unitário no mercado em geral é de, aproximadamente, R$ 150 mil, valor salgado para construtores menores que têm menor poder aquisitivo.

Em tempos de inflação alta, quase em 10%, e com uma das cargas tributárias mais altas do mundo, a compra coletiva é um empurrão para a classe empresarial. Tanto que já foi realizada uma segunda aquisição em grupo de aço.

Mais associados

Orlandi diz que as duas compras foram bem sucedidas e, inclusive, pensa-se em dar continuidade com esta ação, que teve impacto não só na economia, mas também no número de membros da Acibr. Segundo ele, algumas construtoras entraram no núcleo após ficarem sabendo deste projeto.

A Mineral Construtora participa do núcleo há algum tempo e também realizou a compra junto com outros integrantes do grupo. “Tu consegues uma negociação muito boa”, afirma o gerente financeiro da empresa, Afonso Becker. Ele defende, inclusive, que há mais espaço para fazer mais aquisições coletivas.

Becker considera que o núcleo da Acibr também dá mais força para os seus membros diante do por público. Ele cita a demora para liberação de documentos como exemplo de algo que pode ser mudado com a ajuda da associação empresarial.

Bandeira permanente

Em entrevista ao Município Dia a Dia, o novo presidente da Acibr, Halisson Habitzreuter, disse que ampliar a oferta de serviços, convênios e outros benefícios para os associados será uma das bandeiras permanentes da sua gestão. Atualmente, são 724 associados, desde micro e pequenas empresas.

Para Habitzreuter, umas das maneiras para conseguir aumentar a base de sócios da entidade é por meio dos núcleos setoriais. Hoje, são 23 que congregam vários tipos de atividades, desde construtoras até escolas de idiomas. Nos planos do presidente está a ampliação deste número, para as mais diversas atividades. Ele considera a Acibr como um propulsor para a atividade empresarial de qual natureza, não somente dos ramos têxtil e metal-mecânico – os principais da economia da cidade.

 

 

 

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