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Construtores de Brusque protestam contra atrasos nos repasses do Minha Casa Minha Vida

Representantes de construtoras e de imobiliárias realizaram ato em frente à Caixa Econômica

Quem passou defronte à Caixa Econômica Federal, no Centro, na manhã desta quinta-feira, 19, deparou-se com cartazes, faixas, um caminhão de som e pessoas reunidas. Elas participavam de um movimento nacional que protesta contra os atrasos sistemáticos de repasses do Minha Casa Minha Vida.

O protesto no município foi convocado pelo Conselho de Construtores de Brusque, que reúne cerca de 80 pequenas e médias empresas do ramo. Mas pessoas de imobiliárias e materiais de construção, diretamente afetadas pela situação, também tomaram parte no ato que fechou parte da rua Barão do Rio Branco, com a presença da Polícia Militar e da Guarda de Trânsito.

A reivindicação do grupo é no sentido de que o governo federal desbloqueie os valores do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que é usado para financiar o Minha Casa Minha Vida.

De acordo com o delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina (Creci-SC) em Brusque, Horst Heinig, o Otti, o dinheiro do FGTS existe nas contas do banco estatal. Porém, há um acordo para que a União possa empregar parte deste montante noutras atividades.

“Tem esse acordo que pode tirar esse dinheiro para outros fins e isso não vem para o programa, que sustenta toda a cadeia de construtores, materias de construção, imobiliárias e outras empresas”.

Marcelo Guilherme, presidente dos construtores, diz que os repasses da Caixa são fundamentais para que o Minha Casa Minha Vida tenha sustentação. Se a situação não for regularizada, equivale à extinção do programa habitacional, hoje, a principal forma de financiamento imobiliário no país, segundo ele.

“Esses recursos movem essa engrenagem do Minha Casa Minha Vida, então, estamos organizando toda a cadeia envolvida no ramo da construção civil, em especial neste programa, porque hoje Brusque tem uma demanda muito forte neste segmento, nas faixas 2 e 3”, diz Guilherme.

De acordo com ele, o impacto seria sentido diretamente pela população, que perderia acesso a esses imóveis.

Ao atingir as empresas envolvidas na cadeia produtiva da construção civil, a falta de repasses também deverá resultar em mais desemprego, segundo o presidente dos construtores. Atualmente, o setor gera cerca de 4 mil empregos diretos e 15 mil indiretos.

“Tenho certeza que estamos prestando dois serviços sociais, não só na cidade, mas no Brasil, primeiro entregando às famílias moradias, e em segundo, também importante, a geração de empregos. Diga-se de passagem, muitos empregos na nossa cidade”, afirma.