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Contratação de serviços terceirizados avança em Santa Catarina

Empresas de Brusque optam pelos serviços para reduzir custos

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, neste ano, uma lista com 41 cidades que concentram o maior número de empresas que prestam serviços terceirizados. No ranking, há três municípios de Santa Catarina. Todos eles nas dez primeiras posições.

Melhor colocado entre os catarinenses, Blumenau ocupa a quarta posição – atrás apenas das capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. As outras duas cidades catarinenses aparecem logo depois, em oitavo (Florianópolis) e em nono (Joinville).

Mesmo que Brusque não apareça entre as cidades com maior número de empresas terceirizadas, esse tipo de serviço é bastante requisitado no município, sobretudo pelo valor de contratação.

A Schmitt Buffet e Eventos costuma contratar serviços terceirizados para segurança e limpeza, quando promove eventos. Segundo o administrador Rodinei Schmitt, a terceirização é mais viável para a empresa.

“Além de mais viável, também é mais organizado. É pago diretamente à empresa que se contrata o serviço. Não precisamos também fazer treinamento ou ceder uniforme. O funcionário já vem preparado. São coisas a menos pra nos preocuparmos”, avalia.

As questões financeiras e burocráticas também influenciam o supermercado Carol a optar pelo serviço terceirizado. Há cerca de três meses, o estabelecimento utiliza esse serviço para transportar as mercadorias dos clientes.

“A contratação desse serviço barateia o custo. E também não tem responsabilidade com o funcionário. E a questão do motorista estar na estrada é sempre um risco. Além disso, também tem a questão do veículo que estraga rápido”, argumenta Cintia Becker Arnold, do setor de Recursos Humanos do Carol.

Proprietário da JGB Limpeza e Conservação, Júlio Cesar Moreira Guidi, comemora a quantidade de serviços agendados até o fim do ano. A empresa, que tem dez funcionários, realiza limpeza residencial, industrial e comercial.

“No meio do ano deu uma balanceada por causa da crise. Mas logo voltou ao normal. Daqui para o fim do ano quase não temos mais vagas para serviços”, afirma. “A gente percebe que a maioria das empresas está terceirizando o serviço, eles preferem terceirizar em vez de treinar. Daí isso nos beneficia”, completa.

Ainda que o cenário seja positivo para algumas empresas de terceirização, outras sentiram reflexos da crise. Na Enobre, que atua em áreas como limpeza, recepção e portaria, foram cortados 135 postos de trabalho – o quadro de funcionários, que era de 160, passou para 25.

“Alguns setores foram bastante afetados pela instabilidade da economia. Houve uma questão muito grande de cortes de custos em alguns serviços que não são primordiais para a estrutura produtiva da empresa. A terceirização sentiu queda muito grande na procura e na própria prestação de serviços que já vinha fazendo”, explica o gestor da empresa, Ângelo Henrique de Souza.