Contratação de TV por assinatura está em queda em Brusque
Dados da Anatel revelam a existência de 13% a menos de assinaturas do que há dois anos
Dados da Anatel revelam a existência de 13% a menos de assinaturas do que há dois anos
Dados obtidos por O Município junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) revelam que o número de contratos de TV por assinatura está em queda em Brusque há dois anos.
Em janeiro de 2015, haviam 15,2 mil contratos em vigor no município. Em maio de 2017, dado mais atualizado fornecido pela Anatel, existiam 13,2 mil contratos vigentes, uma redução de 13,3% no período.
O dado mais antigo obtido pela reportagem data de julho de 2013, quando o número de contratos era um pouco maior do que hoje: 13,4 mil. Houve um crescimento gradual até janeiro de 2015, data a partir da qual o número de assinaturas de TV só caiu.
Somente no primeiro semestre de 2015 foram registrados cerca de 240 cancelamentos de contratos de TV por assinatura. O ano fechou com cerca de 700 a menos.
Posteriormente, o cenário piorou: entre janeiro e dezembro de 2016, pouco mais de 1,1 mil cancelamentos de contrato foram feitos. Em, 2017, durante os cinco primeiros meses do ano, houve uma queda menor: “apenas” 77 contratos a menos.
A situação é semelhante nos municípios vizinhos. Guabiruba passou de 1575 assinaturas vigentes em janeiro de 2015 para 1217 em maio de 2017. No mesmo período, Botuverá passou de 271 para 251 contratos de TV por assinatura em vigor.
Ouvidos por O Município, moradores de Brusque que cancelaram o contrato de TV por assinatura recentemente dizem que o fizeram, em sua maioria, por considerar o serviço um gasto desnecessário.
“Eu cancelei porque, com a crise, foi um meio de baixar os custos mensais”, diz o motorista Flávio Rosa Mello, que permaneceu por dois anos com a TV por assinatura.
Ele afirma que não valia mais a pena, financeiramente, arcar com a assinatura mensal, e decidiu substituir o serviço por um no qual se contrata uma quantidade fixa de canais, pagando uma única vez, sem mensalidade.
Já a costureira Ana Claudia tem motivos diferentes para cancelar a TV por assinatura. Segundo ela, o local onde mora possui dificuldades de sinal, que inviabilizam a contratação de boa parte dos serviços.
O soldador Antônio Araldi Correa, por sua vez, permaneceu cerca de seis meses com a TV por assinatura. Ele afirma que adquiriu o serviço sobretudo para que a filha pequena pudesse assistir desenhos, mas ele revelou, em pouco tempo, desnecessário.
A menina passa a manhã na escola e a tarde na casa dos avós e, portanto, o investimento mensal não se justifica, segundo Correa, o qual diz que, para si próprio, a TV é destinada mais para acompanhar as notícias do dia, para o qual a TV aberta serve perfeitamente.
“Vale a pena [a TV por assinatura] só para quem passa o dia inteiro em casa”, avalia Correa.