Contratos de aluguel que vencem em março podem ter quase 30% de reajuste em Brusque
Com disparada do IGP-M, imobiliárias de Brusque apostam no diálogo para conter aumentos
Com disparada do IGP-M, imobiliárias de Brusque apostam no diálogo para conter aumentos
Desde meados de 2020, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) está atingindo níveis maiores do que os normalmente praticados. Conhecido como “inflação do aluguel”, a taxa acumulada dos últimos 12 meses é de 28,94%, índice que proprietários estão autorizados a repassar aos inquilinos com contratos que terminem no mês de março.
Em novembro de 2020, o índice havia atingido 20,54%. Em Brusque, alguns moradores estão se assustando com o aumento e pedem renegociação com os proprietários dos imóveis para renegociar os reajustes.
Coordenadora operacional da Júlio Imóveis, Camila Tambosi conta que a imobiliária está reajustando esse percentual como previsto em contato, mas que estão realizando muitas negociações.
“Os inquilinos estão vindo conversar conosco para ver junto ao proprietário um valor que fique dentro do que pode pagar. Estamos fazendo contatos com os proprietários para conseguirmos algum desconto”.
A maioria das negociações acaba em um redução da taxa de aumento que se adeque aos envolvidos. “Nosso objetivo é que fique um valor bom para ambas as partes, sempre tentamos manter um bom relacionamento entre proprietário e inquilino para que essa locação dure por mais tempo. Estamos conseguindo, assim, manter os clientes”.
Gerente de locação da João Luiz Ambrosi, Fabrícia Kurtz afirma que, com 25 anos de experiência no ramo, nunca viu o IGP-M disparar desta forma.
“Normalmente ficava entre 8 e 10% estourando, mas estamos conseguindo negociar. O IGP-M é um imposto estipulado pelo governo, acho que é efeito da pandemia, tudo tem aumentado, não só o aluguel”.
A estratégia da empresa é negociar com o proprietário para conseguir manter os valores por mais um período. Ela relata que proprietários de imóveis na área comercial tendem a solicitar que o reajuste seja aplicado, mas, na maioria, por menos do que o IGP-M total.
“Proprietário está colocando a mão na consciência e tentando ajudar de alguma forma, está difícil para todos, e cada um precisa ceder um pouco”. Apesar disso, Patrícia diz que a procura por imóveis comerciais e galpões continua bastante agitada.
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