Contribuintes de Brusque são resistentes a colaborar com Fundo para a Infância e Adolescência
Prefeitura quer incentivar empresários a destinar recursos do Imposto de Renda a ONGs
Contribuintes de Brusque são resistentes a colaborar com Fundo para a Infância e Adolescência
Prefeitura quer incentivar empresários a destinar recursos do Imposto de Renda a ONGs
- 29/08/2018
- 5:09
Dados da Receita Federal revelam que, neste ano, os contribuintes de Brusque destinaram R$ 35,6 mil ao Fundo Municipal da Infância e Adolescência (FIA) até agosto. O valor é considerado bem abaixo do potencial, por isso, a prefeitura tenta incentivar as doações por meio do Imposto de Renda. Os recursos são destinados à realização de projetos sociais.
O secretário de Assistência Social, Deivis da Silva, avalia que as doações poderiam ser maiores, mas há mitos a serem vencidos para que mais pessoas doem. Ele exemplifica que Gaspar arrecada mais de R$ 1 milhão, enquanto que Brusque chegou a pouco mais de R$ 100 mil no ano passado.
Veja também:
Chega ao fim a recuperação judicial da Companhia Industrial Schlösser
Um mês após inauguração, Imigrantes Hospital quase dobra número de atendimentos
Após polêmica, Dejair Machado reativa comissão do meio ambiente no Samae de Brusque
Este é o sexto ano consecutivo que os contribuintes que fizeram a Declaração do Imposto de Renda puderam fazer doações ao fundo, usando o programa gerador da declaração, no valor de até 3% do imposto devido.
Apesar da divulgação da lei nos últimos anos, a adesão não é a ideal. “Tem sido um grande desafio nosso de conscientização, principalmente de empresas e de profissionais liberais”, diz o secretário.
Há mitos que precisam ser desfeitos, como o de que quem doa paga mais imposto. Na verdade, o contribuinte apenas destina uma porcentagem do que já pagaria diretamente para o fundo municipal.
Silva, quando era vereador, foi o autor de uma lei municipal que visa incentivar as captações para o FIA. A legislação define que a entidade que captar pode ficar com 80% da arrecadação.
Se uma entidade visita um empresário e consegue uma doação de R$ 10 mil, por exemplo, ela tem direito a ficar com R$ 8 mil (80%). Os outros 20% são divididos às demais instituições beneficiadas pelo FIA.
Antes desta lei, o valor captado era dividido igualitariamente entre as organizações contempladas pelo fundo. Segundo o secretário, havia reclamações de que a doação não ia mais para a entidade captadora, mas sim para todos.
A expectativa da Secretaria de Assistência Social é aumentar a arrecadação com o FIA. A prefeitura deverá intensificar divulgações neste sentido.
Veja também:
Conheça Antônio Cervi, contador que fundou quatro entidades de classe em Brusque
Procurando imóveis? Encontre milhares de opções em Brusque e região
Conheça as candidatas finalistas do concurso Rainha da Oktoberfest
O mesmo cenário de escassez de doações é registrada na região. De acordo com a Receita Federal, os contribuintes de Guabiruba destinaram R$ 3,9 mil para o FIA. Em Botuverá, apenas R$ 932 foram doados.
Projetos deste ano
A Prefeitura de Brusque já selecionou as sete instituições para o FIA deste ano. São R$ 140 mil divididos igualitariamente entre os projetos.
Neste momento, o município trabalha na parte documental. A expectativa é que a assinatura dos repasses seja feita no fim deste mês ou na primeira quinzena de setembro.